Claudia Ferrari AtitudeQ QRQC 

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Vou colocar aqui alguns artigos e insights que tenho publicado nos grupos de LinkedIn, Facebook e até noutros sites.
Vou chamá-los de LLC fazendo uma alusão aos Lessons Learned Card, ferramenta de know how que aprendi a usar dentro da Valeo e aqui vou chamar de Lições Aprendidas da Claudinha...rsrs
Com esse advento da internet é bom ter onde escrever, pois mesmo que ninguém leia, você teve a oportunidade de expor suas ideas e sentimentos, ou seja, não ficou só na sua cabeça, rodeando seus pensamentos...
Uma das melhores coisas que o homem já inventou foi a escrita e a leitura!
Uma vez escrito e publicado é como uma palavra dita, pode gerar efeitos benéficos ou adversos...cuidado com o que você lê!
É como navegar na internet, é como andar com outras pessoas! Sua mãe já te avisava, cuidado com as más companhias! Escolha bem suas leituras!
Caso você ler e gostar, se quiser me contar, eu ficarei feliz!
Boa leitura para você!

Claudia Ferrari - claudia.ferrari27@gmail.com

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A desmotivação causada pela má gestão do Lean

Logo nos primeiros dias de trabalho de 2021 o chefe do nosso departamento chegou na reunião todo animado e disse que iria nomear um de nós para ser o líder da melhoria contínua naquele ano. Essa pessoa seria o representante do departamento nos projetos de Lean da empresa e atenderia a todas as demandas que a equipe do Lean solicitaria, bem como diretrizes, orientações, padrões, metas e prazos.

O chefe estava tão animado com isso, disse que esse líder teria de ser uma pessoa que motivasse toda a equipe, que seria reconhecido por seus esforços e disse mais, que no final do período haveria uma premiação para os melhores projetos e que poderíamos ganhar o troféu, caso fossemos os vencedores do melhor projeto e que haveria até uma bonificação em dinheiro para cada membro da equipe.

Ele estava estimulando que todos participassem e sua motivação era contagiante. Todos ficaram animados e eu também. Gostaria muito que ele me escolhesse como líder desse projeto Lean. E assim foi. Fui a nomeada. Para mim uma grande alegria, um grande desafio, afinal, sou jovem, tenho apenas 22 anos de idade, sou recém-formada e tenho muito o que aprender e render.

Durante o ano de 2021 me esforcei ao máximo para atender a todas as demandas e orientações da equipe do Lean, apesar de eu perceber que não havia muito apoio deles.

A pessoa da minha interface não era tão animada quanto meu chefe, me parecia que ele fazia o serviço por fazer, sem motivação, só para cumprir tabela..., mas, isso era uma impressão minha.

Estranho, eu pensava, como uma pessoa que trabalha na área de melhoria contínua pode não ter brilho nos olhos, pode não ter sangue na veia e nem manga regaçada. Entendem o que eu quero dizer? Os caras parecem zumbis, credo? Eu estava tão motivada, queria eu uma oportunidade de trabalhar naquela área.

O meu chefe me estimulava quase que diariamente apoiando minhas ações nos projetos de melhoria, elogiando cada passo que nós dávamos, nas pequenas ações diárias, nos progressos, por menor que fossem...meu chefe era o que eu posso chamar de um líder. Eu o admirava e aprendia muito com ele como estimular as pessoas.

O tempo foi passando e eu sentia que a vitória estava cada vez mais nas nossas mãos. O suor de cada dia me mostrava isso e eu não desanimei não, em momento algum. Mesmo nos dias de cansaço, de dificuldades, eu pensava, não podemos desanimar, dificuldades sempre existirão, temos que superá-las!

Eu não fazia só projeto lean, eu também fazia meu trabalho, e não reclamava de gastar horas do meu dia dedicando tempo às atividades da melhoria contínua, isso me dava até satisfação, porque eu via resultado no ganho de tempo, organização e padronização. Eu percebia que o pessoal também estava gostando.

Perto do final de 2021 o meu brilhante chefe foi promovido e outro gestor foi colocado em seu lugar. Fiquei feliz por ele, afinal ele merece crescer muito, mas, ao mesmo tempo, me senti abandonado, meio órfão... esse é um aprendizado doloroso que senti pela primeira vez dentro da empresa e pelo que eu vi, isso ocorre com frequência nas corporações, pessoas vem e vão e temos que nos adaptar a essas mudanças.

Bem, mesmo perdendo meu mentor e fonte de estímulo motivacional, segui em frente com os projetos lean, afinal, queria muito que nossa equipe fosse a vencedora.

Chegou finalmente o dia da premiação do Lean.

Muita ansiedade. Muita expectativa! (minha mãe sempre ensinou para nunca ter uma expectativa muito grande... sábias palavras..., mas, nesse dia eu não lembrei disso!)

No auditório da empresa eu me sentei na primeira fila, auditório lotado com as pessoas das mais de quinze equipes dos projetos, vi meu novo chefe, meu antigo chefe, que já representava outro departamento, lá na frente o povo do Lean e sobre a mesa havia uma caixa de papelão e alguns papéis.

O coordenador do Lean testou o microfone e falou em rápidas palavras que estava iniciando a apresentação dos ganhadores do melhor projeto Lean do ano, abriu um powerpoint no telão, mostrou o cadastro dos 15 projetos, mostrou outro slide com uma síntese da evolução dos projetos, os ganhos financeiros, os ganhos de tempo, os ganhos de metodologia, outros ganhos e no próximo slide, quem aparece??? Minha equipe!!! Sim, nós ganhamos!!!

Muita alegria!!! Eu já me via sendo chamada lá na frente, afinal, eu era a líder da equipe.

Eu já havia preparado um discurso, onde agradeceria meu chefe, todos da equipe, os que trabalharam ao longo do ano, os que já não estavam entre nós, os maiores desafios, enfim, fariam um agradecimento pela oportunidade que nos foi dada de participar desse projeto que beneficiou a todos! E estaria preparada para receber o troféu e nossa gratificação!!! Nooooossa quanta alegria! Já estava praticamente me levantando, quando...

O rapaz do lean chamou meu chefe atual, que foi até lá, recebeu da caixa um troféu de plástico de 15 cm, daqueles escritos “made in china” e um papel com o nome da equipe, descrevendo assim: o pessoal que era administrativo não receberia a gratificação, éramos 4 administrativos e éramos mais 8 horistas. Os horistas receberiam a gratificação, os administrativos não. Porque isso estava na regra que nunca nos foi comunicada. Os horistas receberiam R$ 300,00 cada um em vale compras. Eu, líder e meus outros 3 colegas administrativos não recebemos nada. O meu atual chefe tentou pegar o microfone para nos agradecer, o cara do Lean não deixou e já foi encerrando a cerimônia.

Eu voltei para a minha sala DESTRUÍDA!

Com um nó na garganta que ficou muito tempo doendo para engolir.

Me senti muito frustrada, muito mesmo!

Tanto esforço, tanta motivação, tanta vontade, tanto engajamento, tanto suor, PARA NADA!!!

Pior, quando voltamos para a sala, esse meu novo chefe, nem disse obrigado para a gente.

Vou parar essa estória de terror aqui.

Se você leu até agora, peço que faça o seguinte. Vamos exercitar a empatia e nos colocar no lugar dessa garota de 22 anos, do atual chefe dela, da equipe do lean.

Garota de 22 anos – ela está aprendendo como a vida é dura e que aos trancos e barrancos nossas expectativas podem ser frustradas. Ela terá que superar! Se recuperar desse tombo, continuar trabalhando arduamente para buscar o reconhecimento pelo seu empenho. Talvez, descobrir estratégias de apresentar suas expectativas e negociar suas contrapartidas antes de se desdobrar em esforços, afinal, o que é combinado não sai caro.

Mas, é de chorar, ver uma jovem tão esforçada ter que lidar com gente tão despreparada.

É como você pegar uma rosa que está desabrochando e jogar água fervendo... pior, que nas grandes organizações, jovens passam por situações assim, diariamente.

Se você, jovem, já passou por isso, não desanime, use sua frustração como aprendizado, como um alerta para mudar suas estratégias, sua capacidade de aprender e realizar é do tamanho da sua dedicação e as oportunidades surgirão mediante sua visão e busca.

Não é verdade que as oportunidades são iguais para todos, mas é verdade que todos podemos buscar diariamente novas oportunidades, se vai dar certo, só o tempo dirá.

Não sabemos se iremos conseguir, mas, tentar é decisão nossa!

 

Atual chefe dela – ele assumiu recentemente a equipe e não tem o histórico do quanto eles já se esforçaram e estão se esforçando por esta premiação do Lean, não é fácil assumir uma equipe e perceber como está a motivação individual e coletiva. Isso requer muita habilidade e comunicação diária, com cada um e com todos.

Eu sugiro, logo que assumir a nova equipe, sente com cada um e tenha uma conversa franca, sobre questões pessoais e de trabalho, conheça um pouco mais sobre quem é quem, assim você saberá como lidar com as pessoas que você terá que liderar e perceberá mais facilmente as alegrias, tristezas, frustrações e outros sentimentos que poderão surgir ao longo de sua gestão.

Sobre esse evento fracassado do lean, quando voltou para a sala, deveria ter reunido todo mundo, elogiado, agradecido, e no mínimo sugerido um almoço, já que não haveria bonificação para todos. Para a garota líder, uma conversa em particular, para ouvir o que ela achou e tentar minimizar o impacto da frustração.

Você está despreparado para gerenciar pessoas, precisa ser mais humano.

Olha, vou te falar, eu já fui coordenadora, chefe, gerente. Cumprir metas e objetivos, com muito esforço, consegui, mas, o meu maior desafio, sempre foi gerenciar pessoas.

Eu penso que, o bom gestor, sem essa habilidade, não vale nada. Desculpe a sinceridade do meu ponto de vista, mas, é o que penso. Pode ter o cargo que for, se não souber lidar com o sentimento dos seus subordinados, você não vale nada com gestor.

Equipe do lean – normalmente quando a gente vê oferta de vagas de pessoas para trabalhar na função do lean manufacturing, six sigma ou melhoria contínua, pede-se tantos cursos, tantos cursos, que eu fico pensando, noooossa essa pessoa que eles vão contratar deve ser a pessoa que deveria ter o maior salário da empresa, porque com tantos cursos assim, vai trazer ganhos estratosféricos para a organização.

A maioria das empresas, pelo menos nas plantas multinacionais, sempre tem esse departamento de lean, melhoria, kaizen, chame como quiser e lá colocam um, dois ou três profissionais com o currículo monstro, normalmente engenheiros bi ou trilíngues que precisam dar resultado com seus projetos através dos outros.

Mas, esses caras, não foram treinados para lidar com gente.

Não preciso mais me alongar...aqui vale o que eu falei do chefe no parágrafo acima... você pode conhecer as melhores ferramentas de melhoria contínua do universo, sem as pessoas você não vai conseguir aplicar essas ferramentas.

E lembrem-se pessoas do lean, a maioria das pessoas das outras áreas não gostam de vocês. Acham que vocês têm o rei na barriga, que se acham e que não fazem nada além de mexer com indicadores, dar uns treinamentozinhos e cobrar ações e prazos.

Não fiquem aborrecidos comigo, eu já fui coordenadora lean na minha carreira e senti na pele a frustração do povo, ouvi das pessoas que eu não fazia nada além de cobrar e reclamavam muito para mim dos “premiozinhos ridículos” que a gente dava.

Mais valeria se vocês fizessem menos projetos, com pessoas realmente estimuladas a obter ganhos e que FOSSEM RECONHECIDAS DE VERDADE POR SEUS ESFORÇOS ao invés de criar prêmios sem sentido. Não vamos tratar as pessoas como mulas atrás de cenouras, o reconhecimento desejado não é igual para cada indivíduo, as expectativas são diferentes, precisamos considerar isso ao engajar as pessoas nos projetos.

#nãoqueromaisumsqueeze

02-02-22022 - Claudia Ferrari –  claudia.ferrari27@gmail.com  www.claudiaferrari27.com.br 

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O que é melhor: Seguir o procedimento ou deixar o cliente satisfeito?

Num passado recente me perguntaram como é que eu faço para escrever artigos. Quais cursos eu fiz e qual é o método que eu uso para escrever. Eu respondi que não fiz curso ou sigo algum método. Eu escrevo com o coração. Eventos ocorrem na minha vida e alguns me marcam de forma a querer compartilhar o que aprendi, por ter sido algo bom ou ruim. Uma experiência que mexeu comigo de forma a me deixar triste, com raiva, irada, entristecida, feliz, contente ou qualquer outro sentimento.

Esse post tem como base um evento recente, desta semana, que me deixou irada, muito mais do que deveria. Vou colocar um pouco de culpa na pandemia, porque afinal, manter o equilíbrio emocional neste ano não é para qualquer um não. Junta a pressão do COVID + histórico de ocorrências similares + sentimento de que você é tratada como um qualquer ao invés de ser tratada como O Cliente que é uma pessoa humana e está em busca de um atendimento humanizado. Muita expectativa? Talvez sim, mas, no que tange a qualidade, o desejo de ser bem atendido é uma premissa do cliente.

Vamos ao evento:

Dia -3: A reumatologista da minha mãe pede exames de sangue e urina. Me passa uma guia com 13 exames. Entrei no aplicativo da Unimed e fiz o cadastro solicitando aprovação dos exames.

Dia -2: Exames aprovados no aplicativo. “Solicitação concluída – em verde”. Enviei e-mail para o atendimento da Unimed Jundiaí, para confirmar se a guia de exames estava REALMENTE aprovada. Responderam que sim. Eu insisti e reenviei novamente o e-mail pedindo para que me confirmassem EXATAMENTE o que estava aprovado.

Dia -1: E-mail da Unimed Jundiaí explicando com o nome da médica + guia autorizada. Entendi que nada mais precisaria ser feito em relação à aprovação de guia dos exames. Liguei no laboratório e perguntei do preparo. Me disseram 8h em jejum. OK. Tudo certo no pré atendimento. Preparei a mãezinha, orientando sobre o dia seguinte, separamos documentos, número da guia, pedido médico, anotação dos remédios que a mãe toma, relógio para despertar e fui dormir.

PAUSA AQUI: O que eu fiz até aqui tem nome: ANÁLISE DE RISCO, TRATATIVA DE RISCO, AÇÃO PREVENTIVA PARA EVITAR NÃO-CONFORMIDADES.

Dia 1 - Acordei 05h00, peguei minha mãezinha de 71 anos, hipertensa, diabética dentre outras comorbidades (palavra que aprendi com a pandemia) e a levei para coletar sangue e urina no Laboratório da Unimed Jundiaí. Um frio lascado e garoando. Chegamos lá 06h00, ela, já nervosa, com duas máscaras (como recomendou sua reumatologista), dificuldade para respirar, dificuldade para andar por causa de suas duas próteses de fêmur, com dores, bexiga cheia, em jejum e com o nível de glicose baixo por conta do jejum.

Minha expectativa como CLIENTE: que ela fosse atendida o mais rápido possível para voltar para seu lar.

O que ocorreu: Corretamente, ela foi tratada com prioridade. Agradeço por isso, porém, quando a atendente do cadastro foi conferir o sistema com o pedido da médica... páá um dos 13 exames não estava no sistema e, portanto, não seria feito.

O QUE? NO WAY!!!

Após cerca de 5 minutos tentando entender o ocorrido eu pedi para falar com a supervisora da atendente porque ela disse que não podia fazer nada além do que era seu PROCEDIMENTO.

A responsável da atendente me disse que eu teria que ligar no 0800 porque ela não podia fazer nada além do SEU PROCEDIMENTO.

HEIN???

Já eram 06h20 e eu tinha que ligar no 0800???

Relutante e já P da vida eu liguei no celular em viva voz... após cerca de 10 minutos ouvindo musiquinha a atendente do 0800 após ouvir o que eu disse que eles erraram me informou que eu teria que aguardar até 08h00 porque quem decide pelo exame que não estava na lista (algo relacionado a uma auditoria) somente chegaria 08h00...

O QUE???

Até 08h00 a minha mãe já teria morrido por causa da baixa de glicose.

Eu pedi para a encarregada me informar o valor do bendito exame que eu pagaria particular para não ter que trazer a mãe de novo.

Ela disse: SENHÓÓORA eu não posso autorizar o pagamento do exame particular sem saber se a Unimed reprovou ou não a solicitação deste exame. ESTE É O PROCEDIMENTO.

Eu disse a ela novamente: Me passe o valor do exame. Ela passou, era cerca de R$ 170,00.

Eu disse que pagaria pois estava com o pedido da médica em mãos e que eu pagaria particular para não ter que esperar até 08h00 e nem trazer a mãe de novo.

Ela disse: : SENHÓÓORA, EU VOU REPETIR: eu não posso autorizar o pagamento do exame particular sem saber se a Unimed reprovou ou não a solicitação deste exame. ESTE É O PROCEDIMENTO.

PAUSA AQUI: Tem algo mais irritante para um cliente do que ser tratado como um retardado mental?

Vou resumir gente, não aguento mais essa estória.

Ela não me deixou pagar, minha mãe não fez o exame, coletou o sangue, a urina, saímos de lá. A mãe está bem.

Após algumas horas (para passar a raiva) liguei novamente no 0800, expliquei o ocorrido. A atendente que ainda está me atendendo com muita atenção e paciência está tentando providenciar para mim coleta em domicílio... vamos ver... esse é o status de 15-07 às 15h.

POR QUE ESCREVI ISSO?

Expor a mãe, a Unimed Jundiaí, a atendente, a supervisora, eu?

Não!

Estou indignada com o fato do procedimento ser mais importante do que a satisfação do cliente.

Eu trabalho desde 1987 na qualidade, já escrevi e escrevo trocentos procedimentos, mas, todos eles, todos, estão suportados por uma política da Qualidade que descreve o nosso compromisso em atender o cliente e deixá-lo satisfeito. Todo sistema de gestão tem regras e concessões às regras com FOCO NO CLIENTE.

Se um executante de regras não te a percepção, discernimento, treinamento ou habilidade para entender que mais importante que seguir procedimento é deixar o cliente satisfeito, estamos com uma NÃO-CONFORMIDADE MAIOR AQUI.

NC de competência, de foco no cliente, de liderança e de abordagem sobre riscos.

Vou dar outro exemplo, porém, o inverso desse.

Um dia na Megastore da Cacau Show no Jundiaí Shopping eu e meu filho fomos tomar um daqueles mega picolés que possuem coberturas maravilhosas. Perguntamos os sabores ao atendente, ele disse um a um conforme expostos na vitrine. Meu filho pediu de limão siciliano e eu não lembro o que pedi, afinal gosto de qualquer sorvete (kkk). Fomos sentar-nos com os benditos picolés megapower nas mãos. Quando ele começou a morder o dele viu que NÃO era de limão e nem siciliano... eu disse que reclamaria, ele disse que não, então tomou assim mesmo.

Quando estávamos ainda lá deliciando-nos com os sorvetes, um outro funcionário veio nos perguntar se estava tudo bem e se queríamos algo mais.

Eu não me contive e falei do erro do sabor do picolé. Contei o fato que gerou a não-conformidade. O picolé do meu filho já estava no palito... (não dava para ver do que era).

Esse funcionário foi lá dentro, pegou um picolé de limão siciliano e trouxe para meu filho, pediu desculpas e agradeceu a preferência.

EU PRECISO DIZER O QUE É ISSO????

FOCO NO CLIENTE!!!!

O procedimento deles é DEIXAR O CLIENTE SATISFEITO CUSTE O QUE CUSTAR!

Tiveram prejuízo dando um picolé a mais? Certamente não!

Deixaram o cliente satisfeito? Certamente sim!

Para concluir a reflexão de hoje:

O título é uma pergunta: “O que é melhor: seguir o procedimento ou deixar o cliente satisfeito?”

Acredito que o que expus deixou claro a minha posição a respeito desta reflexão.

De nada adianta você ter lindos procedimentos, processos, fluxogramas, mapas de processos, gerenciamento de processos, sistemas informatizados de processos, rotinas, atividades, tarefas, treinamentos em tudo isso, gente que atende de forma robotizada e não humanizada, gente que nem sabe o que está fazendo lá, gente que aperta botão, gente que manda você ligar no 0800, se o cliente ficar insatisfeito!

Eu sou contra automação e automatização quando ela torna o ser humano escravo do sistema.

Eu sou a favor do ser humano humanizado que percebe o que está acontecendo no contexto à sua volta. Que tem empatia, que tem cuidado com o próximo, que zela pelo bem estar do outro.

Enquanto ser humano, temos que ser humanos!

Satisfação do cliente é sim mais importante do que seguir procedimento!

Abraço e cuide bem do seu cliente! :-)

15/07/2020 - Claudia Ferrari – claudia.ferrari27@gmail.com  www.claudiaferrari27.com.br 

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Buscando uma explicação...achei isso!

Compartilhamento de Artigo:

No meio da angústia desses dias de confinamento, entre trabalho (o que restou no momento), estudo (retomei alguns livros, webinars gratuitos), notícias (muito tristes, confusas e absurdas), tentativa de não enlouquecer (tem horas que aperta o peito), durante uma oração (resgate da fé e da confiança, é o que eu mais preciso!), cuidando da casa e da família (puro amor, faço com prazer), falando com amigos (pelo menos a internet serve para alguma coisa boa), encontrei esse artigo que responde muito das minhas dúvidas sobre por que estamos sofrendo essa pandemia. Veja se faz sentido para você como fez para mim. Veja o quanto precisamos aprender E MUDAR NOSSAS VIDAS para não morrer pelas nossas próprias mãos. Tomei a liberdade de traduzir (via google mesmo) e abaixo vai o link do original.

"A pandemia não é um desastre natural. Nos velhos tempos - isto é, algumas semanas atrás - eu costumava compartilhar minhas manhãs com meu vizinho Wesley. Nós nos cumprimentávamos com um abraço, depois atravessávamos a rua para o terreno do jardim que compartilhamos, em um bairro arborizado de Washington, DC O jardim costumava ser um aterro, deixado para trás quando uma fileira de casas foi demolida algumas décadas atrás. Durante muitos meses, melhoramos o solo com composto de cozinha e cobertura vegetal habitada por uma multidão de micróbios, insetos e vermes. Durante a primavera incomumente quente deste ano, plantamos algumas mudas, colhemos couve e mostarda e preparamos uma salada fresca para o almoço. Wes e eu crescemos próximos dessas rotinas, apesar de estar nos meus cinquenta e poucos anos e nos seus vinte e poucos anos e compartilharmos pouco em comum além de um pequeno conjunto de território urbano.

A maioria das metáforas que temos para falar sobre o nosso mundo biológico não corresponde a esse modelo de cooperação. O pensamento darwiniano - ou a versão popular dos desenhos animados - nos ensina o conceito de competição interminável entre o "adequado" e o "inapto". As religiões abraâmicas nos dizem que os seres humanos receberam a terra e suas criaturas para governar. A mitologia americana incentiva o individualismo empreendedor. Mas Wesley e eu não competimos por espaço em nosso pequeno canteiro elevado; em vez disso, compartilhamos micróbios do ar e do solo, expelindo-os pela respiração e limpando-os nas mãos e, posteriormente, ingerindo-os. Com nossas ações, formamos uma comunidade, tanto no sentido social quanto microbiano.

As redes microbianas uniram os espaços entre seres humanos e outras espécies durante toda a nossa história. Muito antes que alguém soubesse o que era um organismo unicelular, as práticas culturais maximizavam a troca de micróbios: quando as pessoas cultivavam, procuravam alimento, cuidavam do gado, fermentavam sua comida, mergulhavam as mãos em tigelas comuns e se cumprimentavam com um toque. em rituais que os uniam a seus vizinhos e outros organismos. Provavelmente não foi acidental. Uma abundância de evidências mostra que, quando compartilhamos micróbios com outras pessoas e organismos, nos tornamos mais saudáveis, melhor adaptados ao nosso ambiente e mais sincronizados como uma unidade social.

A interconexão de nossas vidas biológicas, que se tornou ainda mais clara nas últimas décadas, está nos levando a reconsiderar nossa compreensão do mundo natural. Acontece que a familiar taxonomia linineana, com cada espécie em seu próprio ramo distinto da árvore, é muito sutil: os líquenes, por exemplo, são constituídos por um fungo e uma alga tão fortemente ligada que as duas espécies criam um novo organismo isso é difícil de classificar. Os biólogos começaram a questionar a idéia de que cada árvore é um "indivíduo" - pode ser entendida com mais precisão como um nó em uma rede de trocas no submundo entre fungos, raízes, bactérias, líquen, insetos e outras plantas. A rede é tão complexa que é difícil dizer onde um organismo termina e o outro começa. Nossa imagem do corpo humano também está mudando. Parece menos um vaso autônomo, definido pelo código genético de uma pessoa e controlado pelo cérebro, do que como um ecossistema microbiano que varre as correntes atmosféricas, coletando gases, bactérias, fagos, esporos de fungos e toxinas transportadas pelo ar em suas redes.

No meio do surto de coronavírus, essa idéia de um corpo como um conjunto de espécies - uma comunidade - parece recentemente relevante e perturbadora. Como devemos nos proteger, se somos tão porosos? As pandemias são inevitáveis quando os seres vivos estão tão unidos numa esfera planetária densa?

A história da civilização depende da construção e demolição de fronteiras entre espécies. A agricultura inicial desconsiderava a maior parte do mundo natural, a fim de cultivar apenas as plantas e animais mais produtivos; isso permitiu que as populações crescessem e as cidades prosperassem. Mas as colheitas e o gado, uma vez concentrados em um local e cultivados em monoculturas, tornaram-se vulneráveis a doenças. À medida que as cidades e as operações agrícolas cresciam, pessoas e animais se aproximavam. O resultado foi uma nova ordem epidemiológica, na qual as doenças zoonóticas - aquelas que poderiam pular de animal para humano - prosperaram.

A princípio, essas doenças permaneceram confinadas aos locais de origem. Então a globalização chegou. John McNeill, historiador ambiental da Universidade de Georgetown, especula que a primeira onda do surto de cólera de 1832-33 foi a primeira verdadeira pandemia; alcançava todos os continentes habitados pegando carona em caravanas e navios. Mais infecções se seguiram, muitas vezes afetando as culturas das quais as pessoas dependiam para comer. No início do século XIX, as plantas de batata na América do Sul sofreram uma praga; o culpado, um molde chamado Phytophthora infestans, navegou para a Irlanda em 1845, onde levou a um milhão de mortes. Nos anos 1860, um pequeno inseto parecido com um pulgão chamado filoxera migrou dos Estados Unidos para a Europa, quase destruindo a indústria vinícola francesa; na década de 1960, a doença do Panamá erradicou a banana comercial favorita do mundo, a Gros Michel. Em 1970, o fungo Bipolaris maydis dizimou o American Corn Belt antes de se espalhar pelo mundo; outra infecção fúngica, a ferrugem do trigo, causou inúmeras fomes em todo o mundo.

E, no entanto, as vantagens da agricultura industrial eram difíceis de resistir. Nos anos noventa e cinquenta, a Revolução Verde produziu tantas colheitas de cereais que os Estados Unidos começaram a doar alimentos; quando suas técnicas foram exportadas para o resto do mundo, eles desativaram a "bomba populacional". Nos anos sessenta, a Revolução Pecuária liderada pelos Estados Unidos integrou verticalmente a produção de produtos de origem animal, criando um aumento paralelo no consumo de carne. Na década de setenta, grandes empresas de aves produziam tantas galinhas que precisavam inventar novos produtos - nuggets de frango, salada de frango, alimentos para animais à base de frango. Grandes corporações compraram produtores locais de aves, suínos e bovinos; os confinamentos cresceram para o tamanho de feiras; galinheiros empoeirados em shoppings de bairro. As fazendas passaram de pequenas operações com uma média de setenta galinhas a fábricas que abrigavam trinta mil aves. Nos anos 80, com a Revolução Azul, a criação industrial de peixes também se expandiu. De 1980 a 2018, a produção global de animais para consumo cresceu cerca de uma vez e meia mais rapidamente que a população mundial.

Celeiros cheios de animais são bons lugares para criar patógenos. As monoculturas, nas quais todos os animais são geneticamente semelhantes, oferecem poucas reduções de velocidade na transmissão. "Você tem cinquenta mil galinhas em um estábulo", disse-me Rob Wallace, autor de "Grandes fazendas produzem grandes gripes". “Eles são todos geneticamente iguais e você os cultiva por um período de seis semanas. Isso é tudo alimento para gripe. ” Normalmente, os patógenos evoluem para ser prejudiciais, mas não mortais: eles querem cooptar hospedeiros sem matá-los, para que possam continuar se espalhando. Mas, no mundo acelerado de um galinheiro industrial, onde os pássaros vão e vêm rapidamente, os patógenos selecionam as variedades mais virulentas, não importa o quão mortal. Dentro da previsibilidade uniforme da agricultura moderna, o imprevisível surge.

As doenças zoonóticas podem parecer terremotos; eles parecem ser atos aleatórios da natureza. De fato, eles são mais parecidos com furacões - podem ocorrer com mais frequência e se tornar mais poderosos se os seres humanos alterarem o ambiente da maneira errada. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças estimam que três quartos das doenças "novas ou emergentes" que infectam seres humanos se originaram em animais selvagens ou domesticados. Além dos patógenos familiares - Ebola, Zika, gripe aviária, gripe suína - os pesquisadores contaram cerca de duzentas outras doenças infecciosas que surgiram mais de doze mil vezes nas últimas três décadas. Não é pouca coisa atravessar a barreira das espécies; esses números correspondem à escala do nosso sistema agrícola.

Ao reunir a história da origem da pandemia de coronavírus, muitas narrativas apontaram para os "mercados úmidos" chineses, nos quais os animais vivos são vendidos. Mas não importa onde o “vazamento” viral tenha ocorrido, ele será mais provável por tendências generalizadas. O melhor preditor de onde novas doenças surgirão é a densidade populacional. A gripe espanhola incorreta de 1918 provavelmente surgiu nas fazendas do Kansas, onde pessoas, animais e pássaros viviam em locais próximos. Um estudo descobriu que, de 1940 a 2004, as doenças infecciosas se materializaram mais em áreas densamente compactadas, como o nordeste dos Estados Unidos, Europa Ocidental, Japão e sudeste da Austrália. Nas últimas décadas, como a maioria dos trabalhos de manufatura mudou para a Ásia, pessoas e animais começaram a viver mais de perto. Os primeiros casos de gripe aviária, em 1996, e sars, em 2002, foram encontrados em animais na província de Guangdong, entre os lugares mais densamente povoados da história, em termos de pessoas e gado.

A província de Hubei, ao norte de Guangdong, onde fica a cidade de Wuhan, tornou-se um importante centro de fabricação nas últimas décadas. À medida que Wuhan crescia, se espalhou pelos campos e florestas circundantes; as pessoas foram empurradas de suas pequenas fazendas e mudadas para as vastas favelas da cidade. As favelas serviam de ponte entre os espaços selvagens e os urbanos. Para sobreviver, os moradores se aventuravam nas florestas vizinhas; caçavam e criavam caça selvagem, aprisionavam, enjaulavam e criavam pangolins, jacarés, morcegos, civetas e outros animais de roaming em uma escala que obscurecia a linha entre a criação de animais domésticos e industriais. Ao coletar animais das florestas, eles expulsaram patógenos, levando-os a uma cidade próspera que ficava a apenas um vôo de distância de Cingapura ou Sydney.

Em 1975, o reitor da Faculdade de Medicina de Yale disse a seus alunos que "não havia novas doenças a serem descobertas". Eles estavam pensando em saneamento, vacinas e antibióticos; eles não podiam ver as novas ameaças colocadas pela urbanização, industrialização e agricultura industrial. As imagens que surgiram de Wuhan em fevereiro - pessoas vestindo P.P.E. deixar seus apartamentos, cachorros em equipamento de proteção - fale com nossa nova realidade paradoxal: as tecnologias que possibilitaram que cada vez mais pessoas habitassem a terra também a tornaram menos hospitaleira para a vida humana. Os cidadãos de Wuhan pareciam astronautas terrestres, lançando-se não no espaço, mas nas ruas de sua cidade natal. Em breve, todos nós podemos parecer assim.

As doenças infecciosas são apenas um aspecto de uma emergência de saúde maior e contínua. Dois terços dos cânceres têm origem em toxinas ambientais, representando milhões de mortes anuais; a cada ano, 4,2 milhões de pessoas morrem de complicações de doenças respiratórias causadas por toxinas transportadas pelo ar - 45 mil somente nos EUA. Marshall Burke, professor assistente de sistemas terrestres em Stanford, estimou que a redução da poluição causada pelo fechamento de fábricas em Wuhan salvou entre cinquenta e um e setenta e três mil vidas na China - vinte vezes mais pessoas do que o vírus matou na província de Hubei em 8 de março. "Criamos um conjunto de ambientes perigosos e não podemos continuar imaginando que podemos excluí-los ou colocá-los em outros lugares", disse-me Anna Tsing, antropóloga da Universidade da Califórnia em Santa Cruz. A grande lição do vírus, ela disse, é que "não há para onde fugir". Em um esforço para expandir nosso alcance em todo o planeta, nos encurralamos.

A pandemia sars-CoV-2 é uma tragédia global que se desenrola. É também uma ocasião para pensar, em termos gerais, sobre as correntes nas quais nadamos. O filósofo Emanuele Coccia argumenta que não habitamos a Terra, mas a atmosfera, que ele descreve como um mar de vida; como nadadores neste mar, não podemos ser biologicamente isolados. Nem nossas práticas ecológicas. Pesquisadores descobriram que micróbios resistentes a antibióticos de fezes de animais flutuam na direção do vento dos confinamentos do Texas. Os pesticidas das plantações de banana tropical acabam no frio Lago Superior. Os esporos que causaram o surto de febre aftosa em 2001 na Grã-Bretanha podem ter sido provocados por tempestades de poeira no Saara. E, no entanto, essas mesmas tempestades ajudam a fornecer fósforo nutritivo à floresta amazônica. O ar ajuda a polinizar nossas plantas; também transporta partículas radioativas, esporos de fungos, bactérias e vírus. A qualidade do nosso ar também importa. Novas pesquisas sugerem que o ar sujo aumenta o risco de complicações graves do coronavírus: reduzir a poluição em Manhattan em apenas uma unidade de material particulado poderia ter salvado centenas de vidas.

O auto-isolamento é fundamental se quisermos parar a pandemia - e, no entanto, a necessidade de isolamento é, por si só, um reconhecimento de nossa profunda integração com o ambiente. Para responder totalmente ao que aconteceu, precisamos refletir sobre as redes ecológicas mundiais que unem todos nós. Wesley e eu retomaremos nosso trabalho de cultivo e colheita quando essa pandemia terminar. Espero que se juntem a outras pessoas, em todo o mundo, ansiosas por cuidar da horta comunitária que é o nosso mundo."

Kate Brown é professora do programa de Ciência, Tecnologia e Sociedade do MIT. Seu último livro, “Manual de sobrevivência: um guia de Chernobyl para o futuro”, foi finalista do prêmio National Book Critics Circle Award de 2019. link do artigo original https://www.newyorker.com/culture/annals-of-inquiry/the-pandemic-is-not-a-natural-disaster


14/04/2020 - Claudia Ferrari – claudia.ferrari27@gmail.com  www.claudiaferrari27.com.br 

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Egoísmo em tempos de pandemia

Hoje é 05/04/2020.

Li um artigo (veja link abaixo) que me inspirou a escrever um pouco hoje.

Alguém sabe o que está acontecendo no planeta Terra?

Pessoas desesperadas dirão: sim, o mundo está acabando, é o apocalipse, coisas trágicas e de puro terror! Para quem já assistiu filmes do gênero parece que estamos num desses; uma pena é que nos filmes, em 1h30 ou 2h00 a coisa acaba e no caso, estamos sem uma data para o final deste evento.

Pessoas que acham que sabem das coisas: tentarão explicar com base em argumentos ou fatos opinando ou pelo comunismo, socialismo, capitalismo, liberalismo, outros ismos por aí... sempre defendendo sua visão, não necessariamente a verdade. Normalmente elas fazem gravações de áudio ou vídeo (sempre com livros atrás, já perceberam isso?) que tem um tom de seriedade e de veracidade. Interessante o modo de operar dessa gente.

Pessoas humildes dirão: não, não sei, mas, mantenho minha fé e gratidão pelo que estou vivenciando, tentando entender, diante da minha ignorância, o que eu tenho que aprender com tudo isso. Cada dia que acorda a primeira coisa que faz é agradecer e pedir para que Deus encaminhe o dia para seu aprendizado, para servir, para praticar o bem e para aprender como agir diante desse mar de incertezas.

Dá para listar aqui mais uma centena de tipos de pessoas e de atitudes e pensamentos de pessoas, afinal, são pelo menos sete bilhões de pessoas (é o que dizem, né?).

Tem até pessoas que estão em algum lugar do mundo que nem sabem o que está acontecendo. Já pensou nisso? Gente que não sabe o que está acontecendo? Ou porque está num lugar extremamente remoto onde não tem contato com nenhuma notícia, ou está numa cela, num cativeiro, numa cama, numa doença de demência, numa ausência temporal... gente que se droga diariamente e não tem noção do que está acontecendo agora...independente de onde estiverem... que loucura né? Nem sabem o que está acontecendo e, portanto, não tem nenhuma opinião sobre isso. Me parecem tão felizes!

Quero falar também de um tipo de gente que acredita que o que ela sente é a coisa mais importante do mundo. Ela pega o seu sentimento e coloca acima de qualquer prioridade. Ela é egoísta, ingrata, se faz de vítima, se julga dona da verdade, ignora a opinião alheia, especialmente dos mais velhos e experientes e quer tomar e toma decisões que visam somente o seu bem estar. É uma pessoa infeliz e inconsequente. Não valoriza o que tem, não enxerga o que tem, se julga independente, dona do próprio nariz, autônoma e valente. Pensa que sua vontade deve ser feita e FODA-SE O RESTO!

São pessoas que não sabem esperar pela hora certa para tomar as decisões. Que não confiam no tempo para resolver os problemas. Que forçam a barra desnecessariamente. Que rompem ligações viscerais de amor materno e paterno para viver uma realidade que acreditam ser o melhor para si, porque são imediatistas e julgam que o que importa é a sua felicidade imediata mesmo que para isso tenham que ignorar o aviso, alerta, preocupação e proteção de sua família.

Volto à pergunta inicial:

Alguém sabe o que está acontecendo no planeta Terra?

Não, ninguém sabe.

E não importa o tipo de pessoa que você é, o tipo de pensamento que você está tendo, as atitudes que você tem tomado, nada disso vai mudar essa resposta: ninguém sabe o que está acontecendo no planeta Terra.

Mas, tem uma verdade nisso tudo e isso ninguém muda: Se você está lendo isso, você está vivo e, portanto, tem a chance de fazer a escolha certa.

Qual é a escolha certa?

Reflita, a resposta está dentro de você.

PS: Antes de escolher lembre-se que a vida é feita de causa e efeito, portanto, esteja preparado para suportar as consequências de suas escolhas.

Que Deus nos proteja de nós mesmos!

Claudia Ferrari – 05-04-2020 – 18h18.

O texto que me inspirou hoje:

https://brasil.elpais.com/opiniao/2020-04-02/coronavirus-escancarou-a-conta-do-nosso-egoismo.html?fbclid=IwAR3B_IKnEIrYZFtrzN5fMLrtXxegEWMpIgWW2wNg8IJv09HWRyAGhJQ-4_I


05/04/2020 - Claudia Ferrari – claudia.ferrari27@gmail.com  www.claudiaferrari27.com.br 

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Como me sinto hoje: 30/03/2020

Aviso para quem for ler este post:

Não quero polemizar nada, por favor, não precisa comentar, curtir, não faça nada, apenas leia, se quiser.

Eu vou expor meus sentimentos para não agonizar minha mente. Parece que podendo escrever o que sinto minha alma se sente mais aliviada. Talvez muitos se sintam assim, com a necessidade de falar. Espero que o que fale aqui seja útil de alguma maneira para você.

Desde 20/03/2020 já senti diversas emoções diferentes, desde desespero total, sensação de fim de mundo, morte, mais desespero, impotência, paz, muito medo, esperança, raiva, tristeza, acho que todos os sentimentos possíveis eu já senti nesses últimos 10 dias. Menos ódio, esse sentimento não entra e não cabe em mim! Eu me recuso com toda a minha força a sentir ódio e domino isso! Esse eu não sinto!

Agora (não sei amanhã, na verdade, não sei nem daqui há uma hora), meu sentimento está relacionado a preocupação, confusão, insegurança, alguma tristeza, incertezas, mais preocupação... alguma esperança, luta por confiança.

Mas, sentimentos, por mais confusos que estejam, não podem me parar!

Estou viva, com saúde física, então, preciso CUIDAR!

Cuidar da saúde física (por exemplo, não deixar faltar comida em casa) e da saúde mental minha, da minha família que está isolada aqui em casa e dos familiares e amigos que conversamos diariamente. Cuidar para meus sentimentos não me quebrarem, não me pararem, eu preciso muito de SABEDORIA!

Se alguém me perguntasse agora, o que é sabedoria para você?

Eu responderia três coisas, dentro da minha limitada sabedoria atual:

1. CONFIANÇA (se quiser, leia fé). Eu confio na Santíssima Trindade. Cada um tem sua crença, alguns não tem crença. Não estou aqui para julgar. Mas, para falar sobre confiança. Se você confia em algo/alguém, essa é a hora de testar sua confiança. É como se você tivesse uma pessoa atrás de você e ela dissesse: pode se jogar de costas que eu te pego, você não vai cair. Então, você se jogaria, confiaria ou teria medo? Minha avó, que em Julho completará 90 anos, me disse uma vez, num bate papo de domingo a tarde: “Num coração onde há fé, não há medo. O medo e a fé não ocupam o mesmo lugar!” Então, estou me esforçando para confiar! Estou me esforçando para me jogar de costas no colo de Deus, Jesus e o Espírito Santo sem medo de cair! Oro todo dia para aumentar a minha confiança no que creio!

2. RELEVÂNCIA. Gasto boa parte do meu tempo acordada ouvindo rádio, lendo na internet e vendo TV. Uma enxurrada de informações. Se eu tivesse tempo para escolher e filtrar acredito que de cada 10 coisas, eu aproveitaria 0,1 como útil para minha sanidade, para aumentar minha SABEDORIA e melhorar minhas atitudes para o meu bem, o bem dos que amo, o bem da humanidade e o bem do planeta. A era da informação descontrolada é um tsunami de lixo, gente querendo vender coisas e ideias o tempo todo. Eu diria que pior que o vírus invisível é a informação implícita que nos consome a mente e adoece a humanidade. Não é possível saber o que é fato ou fake, até quem analisa a fake, tem interesse próprio. A era do julgamento desenfreado é obscura. O que fazer então: aumentar sua capacidade de discernir sobre a RELEVÂNCIA. Veja o que lhe atinge ou pode atingir, o resto, ignore. Use sua SABEDORIA para separar o que vai servir e o que deve ser ignorado.

3. AMOR. Aqui a coisa se complica. Não tenho competência para explicar o que é amor e nem como amar. Mas, eu acredito que toda vez que você pratica o bem para alguém, sem interesse próprio, você está amando. Isso é muito difícil de fazer, somos egoístas e sempre queremos algo em troca. É muito raro não querermos algo em troca, nem que seja um simples obrigado... Exercitar todo dia fazer algo de bom para alguém sem querer algo em troca é um desafio para mim e acredito que para muitos. Talvez esta pandemia esteja aí para conseguirmos enxergar que temos essa capacidade, precisamos desenvolvê-la, nem que seja um pouquinho por dia...

Resumindo então: SABEDORIA = CONFIANÇA + RELEVÂNCIA + AMOR.

Hoje, é assim que eu penso.

Amanhã, não sei... talvez eu esteja um pouco mais sábia!

Muita sabedoria para todos!

Claudia Ferrari - 30/03/2020. #mentesãcorposão

Segue abaixo link do Canal Dana para o artigo eu me inspirou a escrever este post em 30/03/2020.

Li hoje no Canal Dana o post: “A crise não precisa ser um caos.”

https://dana.com.br/canaldana/2020/03/30/a-crise-nao-precisa-ser-um-caos/?utm_campaign=Canal+Dana+Geral&utm_content=A+crise+n%C3%A3o+precisa+ser+um+caos+-+Canal+Dana+%281%29&utm_medium=email&utm_source=EmailMarketing&utm_term=CD+Geral+03302020

30/03/2020 - Claudia Ferrari – claudia.ferrari27@gmail.com  www.claudiaferrari27.com.br 

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O sistema x as escolhas

Estava lendo um artigo muito bacana para refletir sobre a situação do nosso país.

Vou colocar o link abaixo do meu texto, porque acredito que vale a pena compartilhar o que li. O artigo me fez refletir sobre as escolhas das profissões.

Sr. Marcondes (autor do artigo), parabéns pelo conteúdo do seu artigo.

Permita-me comentá-lo em relação ao sistema x escolhas profissionais.


Tenho um filho no último ano de Ciências Biológicas que pretende ser geneticista e outro filho no terceiro ano do ensino médio que está tendendo para a Engenharia de Computação.

Eu estou orgulhosa de suas escolhas, especialmente porque acredito que profissões de valor são aquelas que asseguram as bases da sustentação da vida: alimentos, vestimenta, moradia, higiene, saúde, mobilidade e educação. Quando ouço um jovem escolhendo faculdades que não estão diretamente ligadas às essas áreas, eu penso: que pena.

Eu estudei Administração de Empresas (fora do que considero profissão de valor), na ocasião da decisão, com 16 anos, pretendia estudar veterinária, mas, questões da vida me fizeram optar por algo "mais viável", que me trouxesse um emprego imediato na região onde vivia, ao invés de ter que me mudar para uma área rural e poder cuidar dos animais, que era meu sonho. Aprendi a gostar do meu trabalho, mas, meu sonho foi engavetado, agora com 47 anos, tenho uma vaga lembrança dele.

É complicado escolher aos 16 anos a faculdade que será a base do seu futuro profissional e refletir na sua vida inteira.

Não é só escolher com base no sonho, com base nos gostos, com base na influência dos pais ou do ambiente onde está inserido.

Temos que ver a viabilidade, considerando que aos 16 anos, nem sabemos que essa palavra existe, muito menos seu significado.

O sistema de ensino é estúpido em relação ao cronograma x a vida humana.

Básico, fundamental, médio, superior.

Sendo que, se seguirmos o cronograma, o nível superior, temos que iniciar com 16 anos. Ridículo.

Com 16 anos, no meio da explosão de hormônios que estamos, temos que decidir o que seremos no futuro.

E quando terminarmos a faculdade aos 21 anos, seremos adultos formados e com uma profissão que nem sabemos direito se é o que amamos fazer.


O ponto que reflito é: porque o sistema nos força a escolhas sem termos competência para escolher?

Não é só uma questão de base de conhecimento curricular, é uma questão de conhecimento da vida.

Aos 16 anos, o que sabemos da vida para poder escolher um destino que nos levará a viver os próximos 60 anos?

Deveríamos pensar em mudar o sistema e cuidar do que é sustentável para a vida.

Vamos?


Segue abaixo link do artigo que recomendo.

https://blogdomarcondes.cimm.com.br/2020/01/17/um-brasil-possivel?#.XycLxShKigA


29/01/2020 - Claudia Ferrari – claudia.ferrari27@gmail.com  www.claudiaferrari27.com.br 

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Desafios para 2020

Faz algum tempo que não escrevo um post aqui.

Eu gosto de escrever por inspiração e não por obrigação.

E hoje me vejo inspirada para falar sobre “Desafios para 2020”. Primeiramente: por que temos que ter desafios?

Quem é que inventou que precisamos definir metas, objetivos, medições, monitoramentos, indicadores e qualquer coisa que nos tire de onde estamos e nos mova para outro lugar?

Quem é que inventou que temos que escrever e acompanhar um plano de ação de melhoria? Que este plano tem que ter o que fazer, quando fazer, quem vai fazer, quanto vai custar e como medir a eficácia?

Eu fiz isso no ano passado, na verdade no final de 2018. Foram dois os desafios para 2019.

Um era “ser magra” e o outro era “ter fluência no inglês”.

Fiz o plano de ação, fiz parte das ações, outras ações não fiz, fugi do plano diversas vezes, não me senti motivada para fazer algumas ações, medi alguns avanços, corrigi algumas rotas, desisti de algumas ações, resumindo, como foi o resultado na medição final de 2019?

Eu não estou magra e nem tenho inglês fluente.

E agora?

E novo plano para 2020? Devo fazer uma análise do que deu certo, do que deu errado? Devo fazer uma ação corretiva sobre as causas identificadas?

Olha, pela minha profissão, eu sei fazer tudo isso, mas, será que eu quero?

(se você parar de ler o texto agora e fazer uma reflexão pode pensar assim: nossa, por causa do fracasso ela está desmotivada...)

Na verdade, ou pelo menos, na verdade que eu enxergo, eu não estou desmotivada.

Eu estou avaliando se realmente preciso de desafios em 2020. E se os desafios realmente vão me fazer chegar ao final do ano com os resultados desejados e planejados. E se realmente eu vou me sentir bem, feliz, realizada caso eu consiga ou caso eu não consiga superar os desafios definidos por mim.

Pensando nisso, decidi:

Eu vou sim definir desafios para mim e vou me dedicar para superá-los, mas, o que eu quero mesmo compartilhar com quem ler este post é o seguinte:

O que importa de verdade não é o resultado, mas, sim, os aprendizados durante a trajetória vivenciada na execução do plano de ação.

Sobre a minha meta de “ser magra”, conheci gente bacana, uma nutricionista muito gente boa, esclarecida, que me ensinou muita coisa sobre alimentos, sobre como ter uma vida mais saudável, sobre como comer o que meu corpo precisa e não o que me dá prazer momentâneo, sobre questões químicas que ocorrem dentro de nós e sobre a importância real e efetiva da água. Eu não posso alegar ignorância e nem usar muletas sobre o objetivo não atingido, eu estou muito satisfeita com esta jornada diária de ter um corpo melhor, o que não significa ser magra, mas, sim, respeito e atenção sobre o lugar onde habita a minha alma.

Estou tendo a oportunidade de compartilhar o que aprendi sobre alimentação saudável e meu plano alimentar estimulou outras pessoas a cuidar de sua saúde também, eu conheço pelo menos três pessoas que após falar comigo sobre comer direito, mudaram suas atitudes e estão comendo melhor também.

Essa jornada não tem data para acabar, é do conhecimento adquirido para frente, até meu último suspiro.

Isso é o que vale na vida, compartilhar o que sabemos para que outros se beneficiem também.

Sobre a minha meta “ter fluência no inglês”, eu cheguei a desistir disso. Esse assunto é uma ombra na minha vida profissional. Eu sei me comunicar em inglês, mas, para mim, não é algo natural, é visto como sofrimento. Eu me esforço para pensar, para falar, para ouvir, para ler, para escrever, affee, quem foi quem inventou que temos que usar esse idioma nas nossas vidas? Já amaldiçoei a torre de Babel, onde teoricamente essa bagunça de idiomas começou, ou ainda, outras teorias antropológicas que definem as origens dos idiomas. Fico mastigando como chiclete velho esse assunto, de um lado para o outro e buscando uma saída para não ter que gastar um real com isso e nem ter que me preocupar com isso. Ouço sobre experiências de intercâmbio, na sua maioria, serviram mais para fazer network e passear... uma enganação (na sua maioria). Tenho parentes que moram nos Estados Unidos, na Inglaterra e fico com inveja do fato deles falarem inglês fluente, porque já estão lá há 5 anos...claro que seu eu for viver lá, vou pegar essa tal de fluência também, mas, eu não quero viver nesses lugares, eu amo viver aqui.

Por que então eu tenho que aprender inglês?

Na minha área, profissionalmente, se você não souber inglês, você não é nada! Você será preterido. Eu já fui preterida diversas vezes. Eu já perdi algumas oportunidades de emprego e de serviço porque eu não falava inglês o suficiente. Na verdade, eu sentia vergonha por não falar. Eu me sentia humilhada, pequena, inferior por não falar inglês. Algumas pessoas sentiam prazer em me descartar do grupo, do projeto, do serviço, porque eu não falava inglês. Olha, que humilhação.

E atualmente, eu sei, se for procurar emprego como CLT ou até mesmo como PJ, eu vou passar um cortado para ir bem tanto na entrevista, quanto depois, na rotina diária do trabalho.

Eu uso o inglês todo dia, mas, como eu disse, não é natural, é sofrido.

O que fazer então? Como lidar com algo que não gosto, mas, faz parte da minha vida?

Para 2020 eu decidi voltar a estudar inglês e estou fazendo cotações em diversas escolas. Não quero fazer inglês online, quero inglês presencial. Assim, eu tiro a bunda da cadeira e vou até a escola, porque eu sei que se eu fizer online, vou sim, gastar dinheiro à toa, porque eu não tenho estímulo em fazer online. Mas, isso é de mim, tem gente que gosta, é claro!

Veja que a minha experiência vivenciada com a meta de ser magra foi e tem sido bem bacana.

Veja que a minha experiência vivenciada com a meta de ter inglês fluente foi e ainda é chata.

Mas eu aprendi com as duas.

Aprendi que se eu estou viva, não posso parar e tenho que usar as minhas experiências para seguir em frente.

A minha vida não é só feita esses desafios, mas, tê-los faz com que eu aprenda a viver.

É isso gente, ter desafios, nos ajuda a aprender a viver.

E é durante o ano que vamos vivendo, errando e acertando, caindo e levantando, corrigindo as rotas, avaliando e reavaliando o que vale a pena manter, deixar, mudar, que chegaremos ao resultado, lembrando que o resultado não é a medição do final do ano, mas, sim, o que vivenciamos durante o ano...

Quem sabe, no final de 2020 I will be better.

Kisses! E um 2020 abençoado a todos!

27/01/2020 - Claudia Ferrari – claudia.ferrari27@gmail.com  www.claudiaferrari27.com.br

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Qual sua família? Qual sua faculdade?

Não vou usar esse espaço e nem o seu tempo de leitura para você se sentir mal ou ficar pensando que eu me sinto mal com isso.

Em toda espécie, até onde eu tenho observado, existe a diferenciação e a exclusão dos mais fracos, dos diferentes, dos inferiores, dos menos capacitados e assim por diante. Chega ao ponto de mães matarem seus próprios filhos porque consideram que eles não terão chance de sobreviver (isso tenho visto entre felinos e fiquei chocada e chorei muito...).

O ponto que estou colocando reflexão aqui não é sobre a seleção natural que existe entre os melhores e piores, entre os mais fortes e mais fracos, isso é da Natureza, isso faz parte da evolução das espécies e da construção de seres mais adaptados ao ambiente no qual estão vivendo naquela época.

O que eu vou colocar diz respeito a questões de inter-relações sociais no trabalho.

Envolve desde pessoas que estão começando o processo de seleção, até aqueles que já foram contratadas e estão em fase de integração e início de adaptação no meio ao qual começou a fazer parte.

Essas pessoas do parágrafo acima estão certamente bem nervosas porque serão entrevistadas, ainda para uma possível contratação (precisa causar uma boa impressão) ou já foi contratada (tem que causar uma boa impressão) e se depara com perguntas do tipo:

“De qual família você é”? “Onde você se formou?”

São perguntas aparentemente inofensivas, simples, mas, não é bem assim.

São questões que, normalmente quem faz, não está buscando a informação por curiosidade ou só porque quer conhecer mais sobre você. Quem perguntou está procurando uma forma de discriminar a pessoa que está chegando/chegou, querendo usar essa informação muitas vezes para saber se ela vai ou não poder “fazer parte da equipe” (ou melhor, da panelinha!).

Olha, eu já ouvi muuuuuitas vezes essas duas perguntas entre outras que discriminam inclusive por questões de sexo.

Uma vez, inocentemente participei de um processo seletivo para uma montadora onde eu era a única mulher com mais 14 homens, numa dinâmica de 4 horas com diversas metas a serem atingidas em equipe. Estávamos num “aquário” e éramos observados por “especialistas”. Eu não fui selecionada e bem depois fiquei sabendo que eles não pretendiam jamais contratar uma mulher para a vaga, mas, sim me colocaram lá para ver como os homens se comportariam com uma mulher na equipe. Eu me senti um rato de laboratório e só não processei essa empresa que fez o processo seletivo porque eu iria expor desnecessariamente a fonte que me contou o experimento.

Outra hora eu conto outras discriminações que já sofri por não ser de família tal e nem ser formada na universidade tal ou por ser mulher, etc.

Hoje, com 47 anos, já com quantidade de anos suficientes para entrar com minha aposentadoria, ainda me inscrevo em processos seletivos e mesmo na consultoria, eu sempre estou conhecendo gente nova em novas empresas, e chega a ter gente que, antes de ver meu currículo e depois de eu apresenta-lo me trata de forma diferente.

Tem gente que me trata bem só por causa do meu sobrenome “Ferrari”. O que é uma cretinice porque esse sobrenome é do meu marido, ou seja, meus filhos são “Ferrari”, eu emprestei esse nome ao me casar. Minha linhagem genealógica é outra e daí que eu não tenho sangue de Ferrari? Eu sou menos competente por causa disso?

E daí que não sou formada na FEI, Unicamp ou USP, eu sou menos competente por causa disso?

Olha gente, não me importo mais com isso, eu olho na cara do interlocutor e vejo a decepção e frustração quando eu não sou considerada de família ou faculdade “nobre”.

Estou num processo de crescimento e evolução emocional onde ao invés de desprezar a pessoa ou ficar chateada e me sentir menosprezada ou inferiorizada, eu ignoro a decepção dela e sigo em frente com os meus propósitos naquela relação.

Eu sou uma pessoa que tem X competências.

Não sou alguém melhor ou pior por causa do sobrenome Z ou da universidade K.

Tanta gente que tem sobrenomes considerados TOP não valem o que comem.

Tanta gente que se formou em universidades TOP não valem o que falam ou fazem.

Concluindo então: não se sinta inferiorizado nessa situação, respire fundo, ignore, siga em frente com seu propósito. Se a pessoa tiver a luz de um discernimento, verá com o tempo que não é o fato do sobrenome ou da universidade que torna você alguém competente para o trabalho. Continue com seu propósito naquela empresa, ignore as atitudes que não agregam valor!

E nada de se sentir mal, OK?

Abraço!

17/03/2019 - Claudia Ferrari – claudia.ferrari27@gmail.com  www.claudiaferrari27.com.br

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A herança genética do meu pai

Fiz esse post para deixar registrado aqui o que recebi de presente hoje.

Minha tia Luiza, irmã do meu pai Nelson foi até Jarinú-SP atrás de documentação que está precisando e nas suas andanças pelos Órgãos Públicos daquela cidade encontrou um registro de conclusão de curso do meu pai e compartilhou comigo.

Foi um grande presente! Obrigada tia!

Eu, pouquíssimo sei sobre meu pai. Nasci em 05/03/1972, ele morreu em 13/08/1972, ou seja, eu nunca o conheci. Dos cinco meses de vida que convivemos, infelizmente, não tenho nenhuma memória consciente.

Sei que ele era muito amado por sua família e por minha mãe. Minha mãe não fala muito sobre meu pai... porque vejo que isso dói, então, não insisto!

Com a minha avó Duzolina, carinhosamente chamada Vó Zula, mãe do meu pai, eu tenho a honra de conviver até hoje. Mulher de fibra, linda, esperta e sempre me conta o quanto amava aquele filho que perdeu, por quem lutou pela saúde por muitos anos devido a um problema congênito no coração. Um problema congênito de coração!!!...E o medo que a minha mãe tinha que eu também tivesse problema hereditário no coração, mas, Graças a Deus, não tenho!

E aí, o que será que eu herdei do meu pai? Olhos verdes, dizem que a mesma boca, e o que mais?

Quando eu fico sabendo de alguma informação sobre ele, a alegria que sinto é tanta, que preciso escrever para expressar o sentimento.

Essa foto que minha tia me deu explica muita coisa...Linguagem, Aritmética, Conhecimentos Gerais e Leitura...

Daí que vem meu amor pelo estudo, pelo aprendizado, pelo conhecimento...

Eu acredito que herdei isso do meu pai também!

É muita emoção em 2019 eu ter acesso ao seu certificado de aprovação da 3ª série. Nada é por acaso, essa foto vir parar na minha mão agora... é para ajudar a explicar parte de quem sou...nada é por acaso! São 59 anos entre ele e eu.

Cada vez que eu penso como seria minha vida com ele aqui... fico feliz e muito triste ao mesmo tempo. Não dá para saber como seria, infelizmente não temos como mudar isso...

A única coisa que eu tenho hoje do meu pai é a HERANÇA GENÉTICA e o AMOR que sinto por um homem que nunca conheci.

Pai, onde quer que esteja, que a minha energia de gratidão chegue até você!

OBRIGADA, TE AMO!

16/02/2019 - Claudia Ferrari – claudia.ferrari27@gmail.com  www.claudiaferrari27.com.br

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Como saber se é hora de ir embora

 Comecei trabalhar aos 11 anos de idade numa loja de salgadinhos por quilo. Minha mãe era cuidadora de idosos e eu estudava de manhã e chegava da escola, almoçava e para não ficar vadiando ou perdida (era o medo que a minha mãe tinha), ela me arrumou esse trabalho.

Isso foi em 1983, naquela época, a gente podia trabalhar nessa idade, mesmo que sem registro... (muitas questões eram mais simples do que hoje em dia) e ninguém morreu por trabalhar tão cedo!

Eu não tinha opção de escolher trabalhar lá ou não, era uma determinação materna e, portanto, não discuta. Posso afirmar que o ambiente era muito bacana, minha patroa, a dona da lojinha me ensinou os primeiros conceitos de 5S e de meritocracia. Eu mantinha a loja limpa e organizada e no final do dia podia escolher um doce ou salgado da vitrine. Vida boa aquela, posso dizer que era um trabalho onde eu aprendia, me divertia e ainda ganhava bem.

Depois tive outras jornadas de trabalho, de 1983 até hoje já somam quase 34 anos.

Atualmente na minha vida profissional eu tenho o prazer de trabalhar em diversas empresas realizando trabalhos relacionados à consultoria, auditoria, treinamento, palestras e afins. E nas minhas andanças tenho oportunidade de sempre aprender algo novo e um desses aprendizados eu vou contar aqui para vocês.

Num café, conversando com o cliente e amigo Luis Pereira, trocávamos uma ideia sobre o que é que nos mantem felizes no trabalho e como sabemos se é hora de ir embora.

Ele disse: “A gente tem que considerar 2 de 3. Se a gente trabalha num lugar onde tem 2 desses 3 fatores, então a gente deve ficar. Se for 3 de 3 tem que ficar mesmo e agradecer por tanta riqueza. Já se for 1 de 3 ou 0 de três, então é hora de ir embora”.

Perguntei então quais são os fatores e ele explicou:

Fator 1 – o quanto você ganha em termos de remuneração e benefícios. Tem que ser do seu agrado, tem que te deixar satisfeito.

Uma dica minha aqui: Lembre-se que não adianta você ter qualificação na faixa de R$ 1.500,00 e dizer que não está satisfeito porque não ganha R$ 15.000,00. Tem que saber avaliar o quanto vale o seu trabalho, qual o seu peso em ouro!

Fator 2 – o quanto você aprende diariamente. Tem que todo dia aprender algo novo. Tem que ir embora ao fim do dia e poder dizer que aprendeu algo e que gostou do que aprendeu.

Uma dica minha aqui: Não se trata apenas de treinamentos formais, trata-se de aprendizados formais ou informais, aquele aprendizado que você teve só de ajudar alguém a fazer algo e acabou aprendendo uma nova tarefa, aquele curso externo, aquela palestra de SIPAT, aquele artigo no quadro da gestão visual, aquele novo produto, aquele colega que contou uma experiência bacana que teve, ou seja, você gostou do que viu, ouviu e sentiu.

Fator 3 – o quanto você se diverte na sua rotina. Tem que ser um ambiente agradável, com pessoas agradáveis, sem assédio (de qualquer tipo), transparente, simpático, alegre, prazeroso.

Uma dica minha aqui: Quando você está em casa se preparando para ir trabalhar, você está feliz em poder ir lá. Repito: você está feliz em poder ir lá, você sente gratidão, você se sente abençoado.

 

Então,

Se você conseguir 3 de 3, fica!

Se você tiver em 2 de 3, fica!

Se você tiver 1 ou 0 de 3, arrume suas trouxas e tire a bunda da cadeira!

Se você leu até aqui e acredita que seja impossível conciliar 2 de 3 ou 3 de 3 então seu problema não é o trabalho, você está precisando de uma reflexão maior na sua vida. Você está precisando parar, respirar e deixar que influências externas do ambiente lhe afetem tanto. Lembre-se que você é um ser divino e que tem poder para olhar para a vida além do que as pessoas querem que você veja.

Todos somos capazes de trabalhar num ambiente 2 de 3 ou 3 de 3, a gente só tem que parar de deixar os outros nos influenciar e acreditar que somos capazes sim de ser feliz no trabalho.

Vai lá e viva você mesmo!

Abraço!

30/09/2017 - Claudia Ferrari – claudia.ferrari27@gmail.com  www.claudiaferrari27.com.br

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Quando entendi o que é DISCIPLINA

Se você for procurar no dicionário o que é disciplina, encontrar definições como: Respeito a um regulamento; submissão ou respeito às regras, às normas, àqueles que são seus superiores etc.

Tendo trabalhado de 1987 a 2008 dentro de autopeças multinacionais eu sempre me via como alguém muito disciplinada, porém, alguns regulamentos, normas, regras e padrões que eu devia obedecer eu detestava, criticava, jogava contra, estimulava meus colegas a também detestar aquilo e sempre que podia boicotava. Sentia-me frustrada por ter que seguir tais regras bestas, idiotas, absurdas e ridículas... é... eu realmente não entendia e ficava muito muito irritada de ter que ser disciplinada.

Após 2008, quando comecei a minha carreira solo, durante minhas palestras, consultorias, treinamentos e auditorias tive e tenho muitas vezes que explicar um padrão, regra, critério, conceito para as pessoas e mostrar para elas a importância de ter disciplina. Olhando nos olhos de algumas pessoas eu me via, enxergando o quanto a pessoa achava aquilo inútil e desnecessário. Aqui entrou um grande desafio: como eu vou ensinar algo que eu não acredito?

O dilema era fazer as pessoas entenderem que disciplina era necessário, sem eu acreditar nisso.

Entendo que não dá para ensinar o que não se acredita, pois o bom instrutor, facilitador, coaching, professor, mentor ou chame como quiser precisa entregar ao aluno somente o que ele tem, se eu não tenho crença na disciplina, como poderia entregá-la?

Num dia de trabalho eu tive a oportunidade (não tô dizendo que foi bom isso!) de em menos de 24 horas pegar 4 voos por conta de conexões e como sou muito observadora eu prestava muita atenção em tudo o que a comissária fazia durante os inícios dos voos, todo o procedimento de checagem, orientação, instrução, aperta botão, fala com os passageiros, ensina sobre saídas de emergência, ensina sobre o cinto, ensina sobre celular, ensina sobre cigarro, ensina, ensina...

Como eu já estava de saco cheio de tanto ficar dentro de avião, já estava exausta e irritada de tanto ver aquele procedimento padrão e as comissárias fazendo aquilo de forma repetitiva, a cada decolagem, quando uma delas acabou o procedimento eu a chamei.

- Por favor, deixa eu te fazer uma pergunta: Você não fica irritada e de saco cheio de ficar a cada voo fazendo esse procedimento todo de forma repetitiva e monótona? Isso parece tão chato?

A moça, toda linda, arrumada, bem penteada, maquiada, bem vestida, sorridente, atenciosa (todas essas características fazem parte do trabalho dela, aliás, tenho amigas “aeromoças” que me contam que acordam de 3 a 4 horas antes de iniciar o turno para se produzirem antes de ir trabalhar, visto que faz parte do contrato de trabalho delas toda essa produção).

Virou para mim, respirou, sorriu e disse:

- Minha opinião não importa. Tenha um bom voo, com licença.

 

Ali, sentada, ouvindo ainda as palavras que saíram da boca da moça, eu tive um insight. NOOSSSSSSAAAAAAAAAA, AGORA EU ENTENDI O QUE É DISCIPLINA!!!!

E foi assim, realmente, A MINHA OPINIÃO NÃO IMPORTA! Se eu aceitei trabalhar naquela empresa, naquele departamento, naquela função, naquele processo, naquela descrição de cargo, naquele posto, naquela atividade, naquela tarefa, assinei um contrato de trabalho onde tive a oportunidade de ler todas as regras, padrões, critérios, procedimentos e rotinas, antes, durante ao após a minha contratação, EU NÃO TENHO QUE FICAR IRRITADA, EU TENHO QUE SEGUIR OS PADRÕES!

Tem gente lendo isso agora e dizendo....eeeeeeeepppppaaa! Não é bem assim, não, se a gente não questionar, a gente não melhora, a gente não evolui, a gente tem cérebro e precisa usar! Imagina só não questionar nada, se não questionar não tem melhoria...blá...blá...

Eu não estou dizendo que não é para questionar os padrões, eu estou dizendo que o padrão deve ser seguido e use os canais de melhoria para torna-los melhor, mas, enquanto aquilo é padrão, simplesmente CUMPRA!

Talvez essa DISCIPLINA não sirva para certos tipos de trabalho, mas, para todos os quais eu realizado, é muito necessário ter DISCIPLINA, é essencial.

Reforçando esse meu entendimento, li um post de uma pessoa que estagiou 6 meses na Disney. No seu relatório de estágio ela explica todas as maravilhas e também as dificuldades que teve durante esse período. Dentre tudo o que aprendi, para reforçar esse aspecto de DISCIPLINA, segue mais um exemplo que reforça o meu entendimento desse tema.

Ela conta que enquanto estava de folga podia transitar pelos parques como se fosse um cliente, aliás, se vestia, agia e curtia como visitante.

Quando chegava a hora de ir para seu posto ela tinha todo um preparo, na vestimenta, na maquiagem, no cabelo, na disposição, na educação, nas atitudes e ao iniciar o seu turno, independente de sua opinião, cumpria a cartilha das regras 100% conforme foi treinada (ou adestrada se preferir), sorrindo o tempo todo, de prontidão e auxílio no que fosse preciso, mesmo que isso implicasse em limpar o chão onde alguém derrubou um sorvete ou resolver qualquer situação onde o cliente precisasse de suporte. Ela explicava que ao final do seu torno estava exausta, não porque seu trabalho lá fosse cansativo, mas, pela sua preocupação em manter a DISCIPLINA, em seguir 100% das regras!

Concluo então esse tema compartilhando com quem lê o que penso sobre DISCIPLINA.

Você não precisa ter disciplina 100% da sua vida, na sua casa, na sua vida pessoal, você pode ficar despenteado, sem escovar os dentes na hora que acorda, usar meia furada, calcinha rasgada, cutucar seu nariz, ficar sem fazer a barba ou se depilar, guardar coisas fora do lugar, ou nem guardar, deixar seu carro sujo, sua bolsa bagunçada, sim, sim, você pode, porque nesses momentos, você não está trabalhando, você tem vida além do trabalho!

Mas, na hora do batente, por favor, cumpra o seu papel!

E, convém que não misture as coisas, porque, dentro da empresa, uma barba por fazer, sentar na cadeira como se tivesse no seu sofá, atrasar numa reunião, não entregar uma ação, descumprir qualquer regra, não faz parte do seu papel, não faz parte das regras, não faz parte do que você está sendo pago para fazer, isso posto, não misture!

PS: Não sou perfeita em DISCIPLINA viu, mas, me policio constantemente! ;-)

02/04/2017 - Claudia Ferrari – claudia.ferrari27@gmail.com  www.claudiaferrari27.com.br

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Teste da Balança

Nesses dias de fechamento de ciclo, faça o teste da balança!

Coloque de um lado todas suas tristezas e do outro todas suas alegrias.

Como você imagina que seria o resultado? Umas das 3 opções abaixo?

Opção 1: Mais peso na tristeza.

Opção 2: Mais peso na alegria.

Opção 3: pau a pau.

Antes de continuar a ler, faça esse teste, mesmo que apenas mentalmente...


Veja abaixo o que você deveria fazer, conforme o resultado que deu.

Se deu Opção 2, simplesmente agradeça! Agradeça muito! Você é merecedor dessa alegria e sua energia atrairá cada vez mais alegria para sua vida! Seus esforços não foram em vão, não é sorte, é atitude!


Se deu Opção 1, Sinto muito por você, sinto mesmo!

Mesmo não te conhecendo, não desejo que ninguém tenha tido mais tristezas do que alegrias no ano que está findando. Conheço pessoas que este ano tiveram muitos motivos para querer morrer! Gente muito próximo a mim que perdeu uma filha de 10 anos. Eu não imagino tamanha tristeza! Gente que perdeu emprego, ficou doente, brigou com quem ama, muitas dívidas e muitas crises...gente que está muito triste agora, lendo esse texto...gente que está sem esperança...

Se você está assim, feche os olhos, respire fundo e ore!

Vai bem devagarinho sentindo que se você ainda está vivo é porque ainda tem como algo mudar na sua vida!

Mesmo que você não acredite, eu creio que ao seu redor estão amparadores que só aguardam sua oração para sua energia fluir da tristeza para a alegria. Peça a seus amparadores que lhe mostrem o caminho para colocar as coisas tristes na outra bandeja da balança. Peça forças para fazer isso...essa sua ação de pegar a coisa triste e movê-la para a outra bandeja automaticamente a tornará uma coisa boa...foi sua ação que transformou o ruim no bom! Você é capaz, creia!


Se deu opção 3: você errou, não existe essa opção! Nem que seja na quarta casa após a vírgula, vai pender para um dos lados, reveja isso!

Ninguém aqui neste planeta tem essa opção.

Somente Jesus era sinônimo de equilíbrio e estamos anos-luz para sermos como Ele!


Em 2017, de vez em quando, refaça o teste e lembre-se, mudar as coisas do lado da balança depende só de você!

Um 2017 maravilhoso!

16/12/2016 - Claudia Ferrari – claudia.ferrari27@gmail.com  www.claudiaferrari27.com.br


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Onde foram parar os sapateiros?

Lembro que quando eu era criança que eu tinha três pares de calçados.

Uma conga vermelha, um sapato "de festa" e chinelo havaiana de sola verde. O chinelo eu mesma consertava, com arame, o sapato, não gastava nunca, pois pouco usava e quando ia usar descobria que não servia mais, daí dava embora para algum parente ou amigo com o pé menor. A conga a gente usava até furar no dedão ou embaixo, na sola. Daí tinha que esperar acabar o ano escolar para no ano que vem ganhar uma novinha. Quanta alegria, que cheiro bom que tinha uma conga nova!

Nos anos 80, os calçados de uma criança eram simples assim: três pares e funcionava bem o ano inteiro!

Prá que ter mais? Isso nem era cogitado!

Não havia um desejo constante de ter mais calçados... nem a angústia por não tê-los!

Lembro o quanto eu era feliz com tão pouco...

Pouco mesmo???

Na verdade eu era feliz porque tinha o necessário!

Essa é uma primeira reflexão: ERA FELIZ PORQUE TINHA O NECESSÁRIO!

Lembro também que na minha família as pessoas tinham sapatos que eram frequentemente levados aos sapateiros. Trocar a sola, o salto, fazer uma cola aqui, outra acolá e frequentemente me lembro de acompanhar minha mãe e minha avó até o sapateiro...lembro do cheiro de cola do ambiente, lembro da luz fraca pendurada por um fio, lembro da montanha de sapatos velhos empilhados nas prateleiras, lembro dos seus olhos vermelhos, roupa suja de cola e graxa, mãos com dedos fortes e com aparência de aspereza e unhas encardidas que nunca mais se limpariam.

Lembro que elas colocavam a sacola no balcão e tiravam 3 ou 4 pares de sapatos e pediam seus consertos, o sapateiro, olhava, fazia uma análise crítica da necessidade do cliente, dava seu preço e seu prazo.

Eu vi essa cena muitas vezes na minha infância e NUNCA, NUNCA, NUNCA vi o sapateiro dizer que não dava conserto.

Hoje, 25 anos depois eu vi que um sapato meu estava descascado na ponta e como é um sapato de salto azul escuro, que eu uso para trabalhar em clientes onde eu tenho que me apresentar usando traje social, pensei, não pega bem ir com esse defeito, vou à cidade e levar no sapateiro.

Já foi um parto conseguir achar uma sapataria. Após procurar no Google e depois pedir algumas informações para balconistas no centro da cidade, encontrei uma sapataria aparentemente bem antiga, vi as prateleiras empilhadas de sapatos, porém, ao invés de um senhorzinho, havia uma senhorinha no balcão... por volta dos seus 70 anos de idade. Pensei assim, deve ser a esposa do falecido sapateiro.

Após cumprimentos pus o sapato no balcão. Ela disse: “Nossa, esse sapato é caro hein! Mas, não tem conserto não!!!”

Eu disse: É antigo, já tenho há uns 10 anos! Mas eu pouco uso e agora vi esse descascado na ponta, não dá para pintar?

Ela: “Esse sapato é muito caro!, mas, é ruim, é um sapato que não dá conserto...não tem como!

Eu insisto: Por que a senhora fala isso? Não é só pintar novamente?

Ela: “Não, não, nem pensar... não dá! Não dá conserto! “

Eu insisto: Mas, não dá para fazer nada mesmo? Está seminovo!

Ela: “Se você pegar uma lixa, ligar a TV e ficar umas três horas lixando ele inteiro e depois que estiver todo sem tinta, trazer aqui, daí eu pinto!”

Eu (inconformada!) disse: O que? A senhora acha que eu tenho tempo para ficar lixando o sapato?

Ela: “E você acha que eu tenho tempo!? Acha que eu tenho três horas só prá ficar lixando o seu sapato?”

Eu (já irritada!): Eu pensava que numa sapataria, onde existe um profissional especializado em consertar sapatos esse serviço de lixar e repintar fossem possíveis!

Ela: “Não, não é possível!”

Agradeci e disse que iria procurar alguém para resolver isso (por dentro, xingando a falta de vontade da pessoa...).

Olhei no Google maps de novo, no centro da cidade, num raio de 2 km achei outra sapataria. Fui caminhando até lá, pensando na má vontade da mulher.

Chegando à outra, acreditando que encontraria o sapateiro da minha infância, vi outra mulher no balcão, nesse caso uma moça jovem, toda tatuada, cheia de piercing, fone de ouvido, mascando chicletes e então, pus o sapato no balcão, mostrei o defeito e adivinha o que aconteceu?

Ela: "Sinto muito, não dá conserto!"

Eu de novo: Por quê?

Ela: "Porque se eu pintar, vai descascar de novo...daí você vai reclamar..."

E eu: Você não tem tinta azul aí?

Ela: "É melhor você dar esse sapato embora e comprar outro... Esse já era!"

Eu: É seminovo, pouco uso... Não dá para passar uma tintinha azul na ponta descascada?

Ela: "Compre outro, esse já era!"

Saí desconsolada!

Fui numa papelaria, comprei uma tinta acrílica azul e pintei eu mesma!

Segunda reflexão: ESTAMOS NUM TEMPO ONDE MUITA GENTE É ESTUDADA, GRADUADA, PÓS-GRADUADA, MESTRADA, DOUTORADA, MAS, NA HORA DE PREGAR UM PREGO ENCONTRA DIFICULDADES IMENSAS PELO SIMPLES FATO DE NÃO ENTENDER QUE O CLIENTE FOI ATÉ LÁ PORQUE QUERIA CONSERTAR O QUE TINHA E NÃO SIMPLESMENTE COMPRAR UM NOVO.

Os profissionais de “antigamente” era gente que faz gente que resolve gente que não tinha muito estudo, mas, tinha muita prática, muita habilidade, muita vontade... Hoje, é até capaz de ter curso técnico ou faculdade de sapateiro, mas, o que o sapateiro de 1980 sabia esse aluno nunca aprenderá: o cliente não quer desculpas, o cliente quer o conserto.

Se você é um profissional, não importa sua área de atuação, quando alguém vier pedir ajuda para arrumar algo, pense muito antes de falar que não tem jeito, lembre-se que quem procura ajuda para arrumar algo não quer ou não pode ter algo novo, quer apenas poder continuar com o que tem, porém, consertado.

Não vamos nos sucumbir ao consumismo, sejamos simples e focados no necessário!

20/08/2016 - Claudia Ferrari – claudia.ferrari27@gmail.com  www.claudiaferrari27.com.br

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O que aprendi enquanto muda!

Tô com dor de garganta desde domingo passado! Como fiquei quinta e sexta falando sem parar dando aula de FMEA e MASP, desde ontem à noite estou sem voz. Realmente sem voz, até cochichar está difícil.

Quem convive comigo está tendo o privilégio (raro) de me ver de boca calada (raríssimo)!

De ontem prá hoje e até agora eu não abri a boca, nenhuma palavra, nem com a Bela (minha cachorrinha), que está meio chateada com isso, fica olhando prá mim, estranhando muito minha atitude de não falar com ela; parece que é a única que não está gostando de me ver calada, será que é porque, com ela, normalmente o que eu falo são palavras de carinho, palavras doces ou então brincadeiras divertidas?

E com as pessoas, como teria sido se eu tivesse com o "poder da fala"?

Com as outras pessoas, certamente eu já teria dito algo que as desagradasse, como: "por que ainda não arrumou a cama? você já se cuidou? por que largou a luz acesa? pendurou a toalha do banheiro errado de novo! e essas roupas aqui no banheiro? por que não vem comer quando eu chamo? desliga esse videogame que já está tarde! você não vai dormir? escovou o dente direito? coma a verdura também! não beba tanto líquido com a comida! fecha a porta pro cachorro não sair! atenda ao telefone! nessa casa ninguém atende ao telefone! senta direito! você sair hoje de novo? estudou? leu seu livro? por que só lê um livro de cada vez? etc. etc. etc.

Eu não teria falado palavras de carinho, palavras doces ou então brincadeiras divertidas! Talvez, bem sutilmente um elogio ao cabelo, ao cheirinho, um boa noite eu te amo, mas, sem muita atenção, sabe! bem sutilmente, quase imperceptível ou inaudível!

Estou aqui trabalhando e resolvi escrever esse post prá compartilhar o que estou aprendendo com essas horas de mudez...se Deus me deu a capacidade de falar, especialmente com as pessoas que eu amo e quero bem, será que dá para eu ser mais doce, por mais carinho e usar a fala para agregar alegria à vida dessas pessoas?

Já que Deus me fez perceber isso, vou orar a Ele que devolva minha voz o quanto antes, porque eu preciso muito dela e vou pedir para Ele me ajudar a lembrar desta lição aprendida para que eu ponha em prática usar a fala de forma mais amável!

Um beijo aos meus amados! smack!

09/07/2016 - Claudia Ferrari – claudia.ferrari27@gmail.com www.claudiaferrari27.com.br

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Mude a lente!

Todo mundo tem problemas! Ah vá! Escrever o óbvio é fácil e desnecessário, mas, o óbvio, apesar de estar disponível, muitas vezes não o usamos em nosso benefício.

Esses problemas que nos atormentam o sono, nos desequilibram, nos adoecem, nos aborrecem, geram melancolia, stress, depressão, etc. não nos deixarão viver em paz.

Partindo dessa premissa, que mesmo que eu mate um leão outros virão, o que eu preciso fazer para não sofrer enquanto estou vivo?

Eu tenho tentando várias coisas, desde muita oração até o uso do f... (esse último com frequência), mas, tenho percebido que alguns problemas persistem, agora mesmo estou com alguns que me atormentam há uns 5 anos.

Estou tentando uma nova técnica: MUDAR A LENTE!

Você já usou um microscópio? já usou um binóculo? Já colocou óculos com lentes coloridas? Eu estou trocando a lente toda hora, estou olhando para o meu problema com lentes diferentes, de ângulos diferentes, de perto, de longe, de lado, de cima, debaixo, de várias formas, quando é possível peço para outra pessoa olhar para o problema e me dizer o que vê...

Não aceito que o problema não tenha solução!

Eu quem ainda não encontrei a lente certa!

Vai lá, troque a lente! Com a lente certa você enxergará a solução!

SUCESSO!

10/06/2016 - Claudia Ferrari – claudia.ferrari27@gmail.com www.claudiaferrari27.com.br

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O Divino

Hoje tive uma oportunidade de aprendizado muito enriquecedora.

Eu e você também; já ouvimos e conhecemos diversas teorias sobre a vida, quem somos, de onde viemos, porque estamos aqui e para onde vamos. Acredito que existam mais versões do que seres humanos para esses temas.

Seria tão bom, quando nascessemos aqui na Terra tivéssemos um procedimento a seguir do tipo assim: sua missão é : blá e pega aqui sua cartilha e segue todos esses passos que vai dar tuuuuuuuuuudo certo! Você vai viver até o dia tal e quando desencarnar terá cumprido sua missão terrena. Pensou? Será que seria bacana assim? Já saber tudo o que vai acontecer a cada respirar?

Maaaaaaaas, o Criador não fez desta forma e do meu ponto de vista, nenhum ser humano sabe responder porque Ele não nos deu a cartilha. Não me venha com livros, pergaminhos, descobertas arqueólogas, histórias e religiões milenares, cada um acredita no que quer, maaaaaaaaaaas, de fato, quem sabe a verdade?

Hoje tive uma oportunidade de aprendizado muito enriquecedora.

Fez muito sentido para mim o que vou compartilhar com vocês.

Aprendi o seguinte:

"O ser humano é Divino. Quando o Criador nos fez, fez à sua imagem e semelhança. Você sabia que dentre os animais a nossa espécie é a única que evolui a cada nova geração? Ele quer que seja assim, Ele nos deu essa habilidade de, ao longo dos anos, cada vez que nascemos como humanos, estarmos cada vez melhores, mais aptos a usar esse tempo aqui na Terra para aprender o que temos que aprender e poder assim evoluir. É como se o espírito, cada vez que encarna viesse para a escola fazer um estágio para depois desencarnar, e voltar noutra vez para aprender outra coisa, e assim, desencarnar e voltar para aprender outra coisa...e assim vai...até chegar um ponto que não precisa mais encarnar aqui. E como não estamos todo no mesmo estágio, ficamos as vezes muito tristes e deprimidos com o que vemos. Somos muitos e dentre nós, enquanto encarnados, existem alguns muito rudimentares, primitivos e outros elevados e sublimes. Temos que andar juntos para podermos aprender, pois é para isso que esse planeta existe. Para nos ensinar a evoluir. Todos temos que ter essa chance. Nascemos 50% Divinos, a mais pura essência da natureza do bem, do amor, da perfeição e depois, os outros 50% de nós é definido por fatores de influência terrena, nossa criação, família, amigos, ambiente, oportunidades, opções, escolhas, etc. O nosso desafio é não nos desviarmos deste 50% de divindade e a cada dia de nossa vida aumentar esse %. Quando chega o dia do nosso desencarne e estirvemos com 50%+x% quanto mais perto de 100% estivermos, melhor! Então, busque em sua vida compreender que você é o Divino. O Divino está em você. Você é feito de Luz e quando entender isso, começará a 51, 52, ...e quando além de compreender começar a agir de forma que essa divinidade possa fluir através de você, agradecendo por tudo o que você recebe e vive, então 53, 54...e começar a colher os frutos do universo devido você estar alinhado com o Todo Poderoso...55, 56...e você começa a fazer sua Luz também banhar outros seres...57, 58...siga em frente pois o Divino está em você!!!"

Senhor Bom Deus, faça com que eu sempre lembre disso:

O Divino está em mim! Sou feito de Luz!

22/04/2016- Claudia Ferrari – claudia.ferrari27@gmail.com  www.claudiaferrari27.com.br

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O que você vai ser quando crescer?

Estou com 44 anos. Considerando uma expectativa de vida de 75,2 anos, o que esperar dos próximos 31.2?

Eu tenho planos e na medida do possível irei realizá-los! Coisas acontecerão que irão atrapalhar os meus planos e outras coisas acontecerão que irão mudá-los ou nem faziam parte deles, mas, serão coisas boas! Na verdade, não temos domínio sobre o futuro e apenas temos planos sobre o futuro!

Lembro-me quando eu era criança e alguém me perguntava "o que você quer ser quando crescer", as respostas foram muitas e mudavam ao longo do tempo, bailarina (kkk! mal sabe dançar quadrilha), médica (ah...quem nunca sonhou em ser médico?), aeromoça (que chique, tanto glamour, lindas, barbies do ar!), professora (epa, e não é que eu sou, pelo menos em partes!), cientista (sabia lá o que significa isso)? secretária (e, fui induzida na época a fazer o técnico em secretariado, uma profissão de futuro!, affeee)...e quando chegou a hora de prestar vestibular, prestei diversos, para veterinária e administração. TUDO A VER, né? hoje, administradora profissional e veterinária frustrada! Mas, saiba que ainda planejo fazer veterinária...será que nesta vida eu ainda concluo esse sonho?

Bom, mas, chega de falar de mim, vamos pensar nos jovens que estão chegando nesta fase de escolher "o que quer ser quando crescer", eu tenho a alegria de conviver com alguns adolescentes e vez ou outra conversamos a respeito, olhe o que tenho ouvido: eu vou ser tatuador...eu vou ser professor de história...eu vou ser médico...eu vou ser publicitária....eu vou ser desenhista de moda...eu vou ser biólogo...eu ainda não sei o que eu vou ser...

E eu, chatesicamente pergunto: mas, isso que você está querendo ser, dá dinheiro? vai te ajudar a ter sua própria casa, seu carro, é uma profissão que vai te sustentar? sustentar sua família no futuro?

Eles me olham com uma cara do tipo: PRÁ QUE ESSA SUA PERGUNTA? E a cara continua assim: EU NÃO VOU FAZER ISSO PARA TER AQUILO....E a cara continua: EU VOU FAZER ISSO PORQUE É ISSO QUE EU GOSTO DE FAZER!

Depois de algumas poucas palavras que ainda trocamos, o que fica é: eles pensam em fazer o que gostam e não num meio de sustentar um futuro que não existe.

A minha geração e as gerações anteriores à minha, entre 15 e 20 anos pensava assim: eu preciso de uma profissão/trabalho para eu conseguir ter minha bicicleta, minha moto, meu carro, minha casa/apartamento para depois eu casar e poder ter meus filhos e sustentar minha família.

E hoje o que eu tenho ouvido é: eu vou fazer isso porque eu gosto disso. No máximo você vê um horizonte que fala de viagens...

Tão mais simples pensar e viver no agora, não é?

Quem tem o sonho de ter uma casona? carrão? jóias? ostentação?

Essa geração moderna que já nasceu dentro do luxo (sim, posso chamar de luxo o que damos aos nossos fihos de hoje), não tem pretensões de ter, eles só querem curtir...viver...estar...fazer...gozar...usufruir...

Eu queria ter 17 anos agora!

Como isso não é possível, vou fazer da minha missão ajudá-los a cumprir a deles!

E assim caminha a humanidade...

1/04/2016- Claudia Ferrari – claudia.ferrari27@gmail.com  www.claudiaferrari27.com.br

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A habilidade de não reclamar

"Não tá fácil prá ninguém, né?", "Tá difícil, muito difícil!"

Frases tão comuns e tão usadas diariamente... Eu mesma as usava com frequência.

O hábito de reclamar é forte e coletivo, é como um bocejo, quanto mais gente fazendo isso perto de você, mais você sente necessidade de fazer também.

Será que os animais também reclamam entre si? Será que eles não reclamam porque não sabem falar ou será que não possuem esse hábito? Será que eles aceitam a vida como ela é, a situação em que se encontram, os recursos que possuem, ou será que eles sofrem calados?

Eu estou fazendo um exercício diário de (tentar) não reclamar.

Minha cabeça dói e eu primeiro bebo água, respiro mais profundamente, esfrego as têmporas e os dedos, se não passar a dor eu tomo um analgésico, daí passa. Paliativo eu sei, mas, tem resolvido. Noutras épocas eu já teria dito para qualquer coitado que tivesse perto de mim: “ai senhor, que dor de cabeça, pqp viu! Blá, blá, blá!”

Estou sem grana, com dívida, com problemas financeiros, quero comprar umas coisas e não tenho grana, quero ir viajar e não tenho grana...CREDO!!! JÁ TÁ RECLAMANDO!!!

Então, tô tentando não reclamar, porque esse lance de não ter grana é um problema meu e ficar reclamando não vai resolver o problema!

Olha o lance aí: FICAR RECLAMANDO NÃO RESOLVE O PROBLEMA!!!

O que resolve então? Se reclamar não serve para nada além de reforçar as energias negativas e aporrinhar o saco de quem está por perto ouvindo suas lamúrias...

O que eu faço então quando algo me incomodar? O que eu faço ao invés de reclamar?

Use sua cachola, pense em como resolver aquele problema, busque a causa, busque alternativas, busque soluções, mesmo que temporárias ou parciais, faça alguma coisa ao invés de reclamar!

Você precisa entender que, para quem ouve, a reclamação é muito chata; Não reclame! Porque isso vai fazer as pessoas sentirem pena ou raiva ou até ódio de você!

Mesmo os que te ajudam, no fundo preferriam não ter que te aturar, acredite!

Se você não consegue ver uma saída, entenda que é porque você pode não estar preparado para aquela solução ou aquela solução que você imagina não é a mais adequada ou também pode ser adequada, mas, não naquele momento.

O que eu tenho feito para tentar não reclamar e também não sofrer enquanto a solução não vem é “visualizar sinais” ou então “trocar as lentes” e tudo isso somado à minha fé de que Ele está por mim.

Penso que Ele é muito ocupado, então evito ficar reclamando para Ele também!

Pare um pouco e pense: dentre todas suas habilidades, você é capaz de não ficar reclamando?

Faça um exercício nas próximas 24 horas! Você consegue!

Depois torne isso um hábito!

Faz bem para você e para quem está perto também!

06/02/2016- Claudia Ferrari – claudia.ferrari27@gmail.com  www.claudiaferrari27.com.br

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O que você pode mudar sem precisar de ninguém

Como eu dirijo muito, em média 500 km/semana eu fico muito tempo dentro do carro e portanto consigo ouvir boas horas de rádio. Eu estava com o hábito de ouvir CBN, BandNews, Jovem Pan Notícias diariamente. Conforme o que estava sendo comentado ou noticiado eu ficava alternando essas 3 rádios o tempo todo enquanto dirigia. Resultado: comecei a me sentir muito deprimida. Notícias ruins somadas a outras ruins, somada a propagandas sem sentido e a comentários que não agregam nenhum valor à minha vida.

Depois das festas, mais precisamente ante ontem eu retomei a rotina de ouvir rádio e estava entrando novamente nessa vibe. Ontem cheguei em casa muito deprimida e me perguntei: o que está acontecendo? Por que eu estou assim? E eu respondi: Credo! Eu tenho saúde, tem trabalho, está tudo bem com minha família e com minha vida, por que eu estou tão deprimida??? Diante dessa análise eu concluí: o que eu ando ouvindo está me fazendo mal.

Então, hoje já tomei uma providência, deletei as rádios deprimentes e só vou ouvir música a partir de agora, salvei Nova Brasil FM e ainda estou sintonizando algumas outras rádios com os estilos de música que me fazem bem. Estpu também revendo meu pendrive!

Fiz uma análise de risco: Será que eu não vou ficar desatualizada por não ouvir mais as rádios de notícias? E respondo: o que eu tiver que ficar sabendo chegará até a mim....o resto das notícias, que na verdade são mais comentários inúteis e negativos do que algo que agregue algum valor para mim ou para a minha rotina não vou mais ouvir!

São pequenas decisões , como este exemplo que tornam nossa vida melhor!

A gente quer mudar muita coisa o tempo todo, mas são poucas as pessoas que conseguem tudo o que desejam.

Não conseguimos as coisas que queremos ou porque nos falta recursos ($$$) ou porque nos falta a interface certa (network) ou porque não nos mexemos (inércia) e ficamos à espera de um milagre.

Eu não consigo mudar tudo o que eu quero!

Mas, as coisas que eu posso mudar, eu vou. O que depende só de mim, eu vou mudar! Essa decisão sobre o que eu vou ouvir é minha e já decidi! Só vou ouvir o que me faz bem!

Pense nisso: de tudo o que você quer mudar na sua vida, pense: o que é que depende só de mim? faça essa lista e comece a agir por aí!

06/01/2016- Claudia Ferrari – claudia.ferrari27@gmail.com www.claudiaferrari27.com.br

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O padrão x a motivação em relação à higiene no ambiente de trabalho

A ISO 9001 de 2015 define em 7.1.4. - Ambiente para a operação dos processos

"A organização deve determinar, prover e manter o ambiente necessário para a operação dos processos e alcançar a conformidade dos produtos e serviços. Nota: Ambiente de operação dos processos pode incluir físico, social, psicológico, ambiente e outros fatores (como temperatura, umidade, ergonomia e limpeza)."

Já sabemos que Nota não é requisito e sim esclarecimento, uma pena.

Sabemos também que quem define o padrão do ambiente é a empresa, bem como a infra-estrutura, os recursos de manutenção, limpeza, ordem, higiene.

Mas, observe essas duas fotos:

Você nota alguma diferença entre elas?

São vasos sanitários de banheiros femininos de duas empresas diferentes, ambas certificadas em ISO 9001.

Ambas consideram que o ambiente está adequado e conforme. Que o padrão está OK.

O que você pensa a respeito?

Em qual dessas empresas você teria maior satisfação e motivação para trabalhar?

Qual delas traz implicitamente a informação de que “sim, estamos preocupados com seu bem estar, com sua saúde, com sua dignididade, com sua higiene, com a limpeza. Sim, gastamos com manutenção e limpeza pois sabemos que isso é BÁSICO para o trabalhador poder fazer um bom trabalho! Sim, cuidamos de você porque queremos lhe dar uma boa condição de ambiente de trabalho para você poder dar em troca o melhor de si em termos de qualidade do seu trabalho!!!

Podemos ouvir o seguinte: “ah...não adianta mantermos limpo, em perfeita ordem de manutenção e organizado, o povo aqui é porco e suja e quebra tudo!!!” , “toda vez que arrumamos, alguém vem e quebra”, “se faz assim aqui, imagina na casa”, ou então “na casa deles não faz porquice, senão apanha e vem fazer aqui na empresa”...

Vamos apertar o f..???

Peraí gente...se eu quero um ambiente saudável eu crio um ambiente saudável. Todos deverão se adaptar ao ambiente saudável, todos tem a capacidade de se adaptar. A natureza já comprovou isso...quem não se adapta está extinto!

Então, por favor, não use desculpas esfarrapadas para não cuidar do ambiente de trabalho da sua organização! O gestor da empresa que mantém uma tampa de vaso sanitário quebrada, o chão encardido, não recolhe o lixo (ainda que tinha papel hein), francamente, precisa elevar seu padrão de condição de ambiente adequado para motivar os colaboradores.

Será que ele se preocupa com isso?

Deve estar pensando: “é isso o que eu vou oferecer...se quiser pega, tem muita gente precisando de emprego e eu substituo você rapidinho”...

Você quer trabalhar numa empresa dessas?

Eu tenho certeza que da mesma forma que ele lhe descartaria, você não pensaria duas vezes em seguir para uma nova oportunidade.

Comprometimento ZERO, dos 2 lados!

Então, se quer que eu fique, cuide de mim!

Se quer que eu me comprometa, cuidade do ambiente onde eu vou trabalhar!

Eu não quero luxo não, não precisa de louça sanitária “de marca” ou granito no chão, ou papel do mais caro e mais macio...assegure o básico! O simples! O óbvio!

Eu vi as carinhas das pessoas que trabalhavam nas duas empresas...eu vi seus semblantes, suas energias, eu vi...

Então, pergunto: como fazer o padrão se elevar? Como fazer quem não quer ver começar a enxergar?

Dá para aprender isso com amor ou só pela dor?

Quanto tempo precisamos para nivelar os padrões por cima?

Eu tô cansada de fazer perguntas aqui...precisamos de mais ATITUDE!

Claudia Ferrari -claudia.ferrari27@gmail.com - Jan-2016

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O lado bom e o lado ruim do "não sei"

Antes de começar a ler esse artigo faça uma reflexão do motivo que o está levando a ler esse artigo aqui e agora. Não leia sem saber responder o motivo que está levando você a ler isso. Se sua resposta for “não sei o motivo” nem comece a ler.

Eu não fico uma semana e se for observar bem de perto talvez nenhum dia sem dizer ou ouvir a frase “não sei”. Essas duas pequenas palavras servem de escudo, de esquivo, de saída para quem não quer ou não pode continuar com aquele diálogo por algum motivo.

Nessa era virtual onde tudo e todos acreditam saber sobre tudo e sobre todos vivemos sob tantos estímulos visuais, audiovisuais, redes sociais, rapidez constante, necessidades imediatistas, soluções que não resolvem nada, decisões que se alteram constantemente, afinal, nada é perene, nada é sustentável, ninguém é responsável de fato pelos fatos e diante disso tudo, caso alguém me coloque numa situação difícil de responder eu digo: “não sei”, afinal, eu não tenho que saber de tudo! Se você quer saber sobre isso, vá à internet, pergunte ao Google. Não sei por que você acha que eu saberia responder sobre isso, por favor hein! Não me aborreça com suas perguntas se você poderia ter descoberto a resposta sozinho, apenas com algumas digitadas no seu teclado virtual!

Tem muita gente falando sobre tudo ou sobre nada, muita gente ganhando dinheiro por simplesmente gravar vídeos falando sobre suas próprias vidas, seus medos, suas alegrias e acreditem, ganham dinheiro fazendo fama através desses vídeos e até posteriormente escrevendo livros para representar alguma intelectualidade sobre o tema. Você sabe por que as pessoas estão fazendo isso? Eu me espanto! Será que ainda dá para se espantar com algo? A humanidade está indo para onde? Você sabe?

Não saber é algo bom ou é algo ruim?

Reflita um momento e você responderá: Depende. Tem coisas que é melhor não saber e outras que seria muito bom se soubéssemos.

Precisamos mesmo saber de tudo? O tempo todo? Sobre tudo?

O fato é que quando alguém te pergunta algo acredita que você terá a resposta, acredita que você sabe responder sobre aquilo. Será? Será que a pessoa não perguntou apenas para puxar papo? Para ter o que falar contigo? E você grosseiramente diz “não sei” para não dizer algo como: cala a boca e não dirija a palavra a mim! Não percebe que não estou a fim de falar sobre isso!

Eu tenho usado muito o não sei e refletindo a respeito. Uso muito mais porque eu não quero responder do que por não saber a resposta. Olha que pessoa ignorante! Por que não quer responder? Porque é muito ocupada! Está navegando na internet ou está trabalhando muito (será?) ou está estudando para uma prova (será que está aprendendo ou só estudando?). Está muito ocupada e não tem tempo para ficar ouvindo perguntas sem sentido! Eu não sei se é por causa de falta de tempo! Existe falta de tempo?

Se fossemos um programa de computador, o “não sei” funcionaria como uma falha de programação, uma interrupção de logaritmo. Uma lógica inacabada.

Ah... Ia dar muito trabalho raciocinar sobre a pergunta, sobre o contexto, sobre o que está implícito além das palavras que vieram na pergunta falada ou digitada, então, se eu não estou a fim de raciocinar, de observar o que está acontecendo nesse momento real, eu lasco um “não sei” e ele funciona como um ponto final.

Às vezes a pessoa que pergunta é considerada chata ou inconveniente, então eu dou um “não sei” e viro as costas. Ai que alívio ter me livrado dela sem ter que ficar conversando. Que benção que foi esse “não sei “ e ainda o emiti com uma carinha de peninha, tipo assim, sinto muito por não saber... Só faltou mandar um beijo para mostrar o quanto você se importou com a pergunta que ficou no vácuo. Você achou isso cruel? Já recebeu um “não sei” desses ou já foi cruel de usar esse recurso? Pensa aí... Você vai ver que já esteve dos dois lados deste “não sei”.

Agora você está lendo esse texto e se perguntando. Por que eu comecei a ler este artigo? O que foi que me chamou a atenção para começar essa leitura e ter chega até esse ponto... Onde será que vai acabar esse artigo. O que é que eu estou procurando? Resposta para qual pergunta? Você sabe?

Pare de ler um momento, feche os olhos, respira fundo e reflita. O título deste artigo é: “O lado bom e ruim do “não sei””. Por que você quis ler esse artigo? Qual resposta você procura?

Se você começou a ler simplesmente porque é bacana ler artigos na internet que foram publicados neste site, pensando assim: “ isso faz de mim uma pessoa bem informada, não importa o que eu estou lendo, o importante é que eu leio os posts desse site bacana que tem tudo a ver com minha network”. Ou foi por causa da imagem? O que tem a ver a pena com o texto? Deve ter algum significado? Qual será?

Ou então, refletindo você pensa assim ( vai, feche os olhos e pense): “eu comecei a ler porque quero saber, quero saber qual é o lado bom e ruim do “não sei” eu quero saber por que não quero que ninguém saiba que eu não sei.”, ou ainda: “estou à toa, estou lendo de curioso, mas, nem estou tão curioso assim, estou lendo por que... eu não sei”.

Está fazendo algum sentido tudo isso para você? Nossa!!! Parecem tantas ideias desconexas... Que loucura que é esse artigo! Está confuso? Será que o desejo da autora não é lhe confundir para você começar a pensar sobre o tema? Para começar a pensar no quanto você sabe e no quanto não sabe ainda sobre o que está fazendo com o seu saber?

Esse é o lado ruim do “não sei”, não saber por que você está fazendo algo. Tudo o que você faz precisa de um motivo para estar sendo feito. Se você está usando o piloto automático na sua vida ou está apenas sendo mais uma engrenagem do sistema, sem saber o motivo de suas ações, das mais simples como levantar da cama de manhã (ou a hora que você quiser ou puder), decidir se vai escovar os dentes ou não hoje, se vai ir para algum lugar fazer alguma coisa, qual o motivo de tudo isso? O que te move? O que te faz agir? Se você se move, se você faz alguma coisa é porque quer que algo aconteça. Nada acontece se não tiver alguém fazendo algo antes. Pense nisso. Se você não sabe o porquê está fazendo algo, você não deveria estar vivo!

Você não tem que ter certeza do que acontecerá amanhã ou daqui a alguns segundos, mas, você tem que saber a resposta do que está acontecendo agora. Se uma pessoa chegar para você e perguntar sobre algo do agora, você tem que saber sim a resposta, ainda mais se quem estiver envolvido no fazer for você. Se você não souber a resposta não diga não sei, diga assim: eu acredito que..., e desejo que...., eu imagino que..., mas, não responda não sei. O não sei demonstra que eu não posso contar com você, que seria melhor você não existir mesmo. Não seja inútil, não diga não sei. Se você deseja usar muito o não sei, faça assim então: não sei ainda!

E o lado bom do “não sei”?

Não existe o lado bom do não sei. Não é bom não saber e não é bom dizer para os outros que você não sabe. O nosso cérebro nos foi dado para que o usemos, precisamos alimentá-lo de saber, o saber não ocupa espaço. Precisamos de conhecimento e de discernimento para usar o conhecimento que formos adquirindo ao longo da vida. Não vou ficar explicando muito sobre o lado bom do não sei. Eu sei que não existe lado bom aqui.

Desde o momento em que somos gerados começamos a nossa viagem do saber, durante nossa vida terrena, sobre a qual sabemos que não existe um dia certo para acabar e sabemos que a morte do corpo é certa e que temos a missão de saber e saber cada vez mais.

Então, quando você acreditar que a resposta para uma pergunta é “não sei”, por favor, não faça isso, responda o que sabe a respeito e no máximo responda “não sei ainda” ou ainda “não quero saber”, o que pode ser uma boa decisão se você não tiver preparado ou amadurecido o suficiente para assimilar aquilo naquele tempo.

Concluindo o raciocínio afirmo que tudo o que você pode e vai saber ao longo de sua vida dependerá de sua habilidade de usar a seu favor o aprendizado. Lembre-se que sua capacidade, até onde sabemos, é ilimitada.

Claudia Ferrari - claudia.ferrari27@gmail.com - Dez-2015


O equilíbrio está no meio! Já ouviu essa frase?

Todas as culturas, crenças, religiões buscam dentre suas premissas, diretrizes, escritas, mandamentos, leis e regras deixar claro que não podemos nem pender para o pouco e nem buscar os excessos.

Assim é no que se come, no que se veste, no que se fala, no que se compra, no que se vende, ou seja, em tudo na nossa vida. O simples fato de limpar a orelha requer o tal do "equilíbrio que está no meio", não limpe só a beiradinha que o pessoal vai ver sua cerinha, não cutuque fundo, senão você pode furar o seu tímpano!

Hoje, no trânsito, um barbeiro me atrapalhava e eu gritei irritadinha (mas, só quem estava no carro comigo que ouviu: "saí daí macaco!") então, ouvi do meu filho, vindo do banco de trás "mãe, ele não era preto!"...você percebe que absurdo que foi isso?
Eu ensino tanto aos meus fihos que não devemos ser racistas e no ambiente que ele vive, no que ele vê e ouve e lê e vivencia, dentre as poucas vivências que ele teve até agora, fez conexões na sua cabecinha e já havia pensado que eu chamava o indivíduo daquele jeito por causa da sua cor.

Então, eu expliquei: eu disse macaco porque eu quis dizer que ele está num estágio evolutivo inferior do que o do ser humano....

SERÁ????

ah...meu filho disse, você quer dizer que ele, sendo macaco, não poderia estar dirigindo...
e eu respondi: é, foi isso que eu quis dizer!

Nesse momento eu percebi a importância do cuidado no que se fala, dos excessos na fala, e quando uma fala sai, por pior que ela seja, ela deve ser esclarecida, pois o interlocutor pode ter uma interpretação muito diferente do que o que você pretendia dizer.

Não que eu tivesse alguma razão de ter dito aquilo, mas, a intenção da minha fala era de desabafo e mesmo no desabafo, muito cuidado com o que se fala...

Hoje começa mais uma semana...lembre-se...cuidado com o que se fala...o equilíbrio está no meio!
Ótima semana para você.

Claudia Ferrari - claudia.ferrari27@gmail.com


Reze todo dia: que nunca acabe a energia e nem a bateria...

...não sei onde isso vai parar...mas, para quem já assistiu Wall-E, naquela cena onde o casal de gordinhos se redescobre porque houve uma pane eletrônica no seu mundinho onde tudo era realizado pelas máquinas, eu lhes digo, estamos quase lá!


Nesse final de semana, aniversário de 13 anos do meu filho mais velho, devido a chuva contínua, eu deixei ele, seu irmão de 8 anos e os amigos ficarem o tempo todo conectados em notebook, PS, X-Box, Ipad, Ipod, e outros dispositivos que nem sei o nome.

Quando chegou segunda-feira eu baixei um decreto: é o seguinte, a partir de hoje só 1 hora de eletrônico por dia. Os meus dois meninos entraram de depressão, tédio profundo, uma sensação de que o mundo acabaria naquele dia e me disseram. Deixa eu ver se eu entendi (disse o caçula), você quer dizer uma hora em CADA? 1 hora de note, 1 hora de DS, 1 hora de Ipad...é isso mãe??? E eu disse: não filho, é 1 hora de eletrônico por dia e só!!!! Vi muita raiva em seus olhos e ele saiu de perto dizendo: Eu não queria ter uma mãe dessas!!!

Daí, veja só: peguei o mais veho e fui levá-lo na dentista, chegando lá, enquanto aguardávamos na recepção, chegaram outras duas crianças, uma com a avó e um DS nas mãos, jogando alucinadamente, outra criança chegou com um notepad, também jogando, a mãe dela conectada no seu smartphone. Eu, dei uma folhada numa revista Veja da recepção e já fui ver o que tinha no meu Twitter, pois a revista não tinhas notícias atualizadas (era uma Veja daquela semana).

Chegando em casa, no meu home office, já conectei meu note, meu Ipad e voltei a trabalhar, meus filhos, em estado de tédio porque não podiam fazer nada eletrônico; eu disse: vai ler um livro, vai jogar um jogo, vai brincar com Lego, vai ver os bichinhos da sua avó, vai dormir se não quiser fazer nada e eles saiam aborrecidos de perto de mim dizendo, é, você pode ficar conectada, porque nós não podemos????

Gente, é o seguinte: eu vou manter a regra (enquanto conseguir) de fazer com que meus filhos não fiquem o tempo todo nos eletrônicos.
Eu sei que isso é quase impossível!
Eles são da geração que não usa lápis e nem mouse!
Eles não sabem escrever, a não ser o básico do Skype!
Eles não sabem nem ler, a não ser as regras do jogo que pretendem jogar, e nesse caso, eles leem até em russo se for o caso!
Eles mal fazem suas necessidades fisiológicas se estão no meio de um jogo! Seguram até chegar num check point ou no final da fase!
Não lembram de comer...
Mal piscam...
Será que tudo se resumirá em olhos, dedos e cérebros?

Mas....por trás de tudo isso tem ainda a tal da energia elétrica e as baterias que também precisam de recarga!

Então, voltando ao Wall-E, eu acredito que não quero para os meus filhos o destino daquelas pessoas daquele filme....eu vou sim promover o quanto eu puder que eles não sejam dependentes desses artifícios eletroeletrônicos! Que eles ainda consigam conversar com pessoas reais, olhar árvores reais, passar a mão em animais reais, comer comidas reais, andar de bicicleta real, nadar, jogar bola, conversar, rir, brincar, ser feliz sem ser um avatar!

Um dia, a energia vai faltar...eles tem que saber o que fazer nessa hora!

Claudia Ferrari -claudia.ferrari27@gmail.com


O barco de pesca!

 Tem um barquinho que cabe uma pessoa, tem um remo, uma rede e um objetivo: pescar peixes para o sustento dele e da sua família.

Ele vai ao mar e aparecem muitos peixes, mas, ele é PEQUENO, então, por mais que queira pescar todos aqueles peixes, ele não consegue.
Se ele tentar colocar no barco mais peixes do que sua capacidade, ele vai AFUNDAR!
Então, ele reflete: para eu poder pescar mais, tenho que me ESTRUTURAR! Preciso de mais RECURSOS, como: um barco maior, um motor, um sistema de rede eficiente, um sistema de armazenamento e resfriamento dos peixes, pessoas qualificadas para fazer o trabalho porque sozinho ele não conseguiria atender seus objetivos.
Ele vai atrás de prover toda essa estruturação, mas, eles não atenta a um pequeno detalhe:
SERÁ QUE ESSAS PESSOAS TÊM O MESMO OBJETIVO QUE ELE????
O que o move para essa novo projeto? Lembra do objetivo no início: "pescar peixes para o sustento dele e da sua família."
Se essas pessoas que trabalham com ele não tiverem esse mesmo objetivo...toda essa estruturação terá sido em vão...
Seja lá qual for o seu negócio, quantas pessoas trabalharem com você terão que ter o mesmo objetivo que você! Não quer dizer que ela só terá esse objetivo na vida dela, mas, em relação ao trabalho, TEM QUE SER O MESMO!
Uma pessoa só dá o melhor de si quando ela acredita que o objetivo deve ser alcançado!
Eu sou assim e você?

Claudia Ferrari - claudia.ferrari27@gmail.com


Não há milagre!

Quando um problema acontece, antes dele, acontece uma causa, todos sabem disso, mas, poucos querem aceitar que essa causa está facilmente ligada a um problema de má gestão. Assumir que a má gestão existe exige uma força sobrenatural por parte dos gestores da organização, mas, eles preferem deixar para a equipe resolver o problema, afinal, ninguém quer o cliente cafungando no cangote.
Então, meu caro membro de equipe, se eu contratei você é para resolver problemas.
Esse mal gestor pensa mesmo que a gente faz milagre!
E eu não posso escrever assim quando eu termino a análise de causa: má gestão do gerente XYZ!
Então, aqui vai um aviso a você mal gestor, pare de achar que eu faço milagres...ou você assume sua responsabilidade, ou a gente vai continuar tentando fazer um processo de ação corretiva que vai de nenhum lugar para lugar nenhum...você finge que acredita e eu finjo que eu faço, então, o cliente finge que fica satisfeito e a gente segue a vida....quanta mediocridade!!!

Claudia Ferrari -claudia.ferrari27@gmail.com


Crescer dói

Há uns 6 anos atrás, meu filho que na época estava com 8 anos, começou a andar na ponta dos pés, parecia uma garcinha, perguntei o que estava acontecendo e ele disse que doía muito colocar o calcanhar no chão...
Como uma mãe neurótica que sou, já o levei na ortopedista infantil.
Ela pediu uma radiografia e quando eu vi a foto, SANTA MÃE DE DEUS! fiquei desesperada. A "bolota" do osso do calcanhar do meu filho estava partida ao meio, como se fosse um ovo com suas duas metades da casca, cheio de pontinhas irregulares. Gelei!
Também, quem manda tentar ler radiografia, se não estudou para isso?
A doutora explicou: "então mãe, o osso não está quebrado, ele se parte para se fortalecer e poder crescer mais forte! esse processo é necessário para seu filho ter ossos fortes que sustentem seu tamanho e esse processo é realmente doloroso, mas, isso não é uma doença, isso é comum e não há o que fazer, não é para tomar remédio, só evite esforços e atividades que sobrecarreguem essa região, é para esperar que vai passar, faz parte da natureza. É mãe, crescer dói!!!"

Essa frase "crescer dói" eu já usei muito com meus clientes.

Existem empresas que contratam consultores porque buscam atender a requisitos de clientes potenciais que "forçam" a implementação de sistemas de gestão de qualidade, ambientais, etc.
Mas...não tem noção do tamanho do negócio! E também não tem tempo para ficar estudando normas, padrões e legislações, por isso que nos contratam.
Então, quando a gente começa a mostrar a "fotografia do osso", o cliente se assusta e diz que é muita coisa, que não tem dinheiro para isso, será que precisa de tudo isso mesmo????
Não dá para fazer de conta que fez o que o cliente pediu? Não dá para comprar um certificado?

E eu respondo: "então, meu caro cliente, crescer dói, mas é necessário, é natural, não tem outro remédio, faz parte da natureza e se você fizer o que deve ser feito, logo você cresce e a dor vai passar!"

Não há como ir de um sistema inexistente para um sistema eficaz e eficiente sem passar por esse processo de crescimento. O maior desafio para o consultor não é convencer o cliente de que ele tem que fazer procedimento A ou B, monitoramento C ou D, comprar equipamentos E ou F, o maior desafio é fazer o cliente entender que sem passar por isso ele não atingirá os seus objetivos reais. Crescer nos negócios! Crescer no faturamento!

Sempre que eu for chamada para um projeto desses, vou dar o diagnóstico e já mostrar o que vai acontecer após o final do processo caso o plano de ação seja seguido. E o que dói em mim é ver que algumas empresas, depois de algum tempo, apesar da dor da transformação, resolveram deixar tudo de lado e voltar a zona de conforto...nesse caso, os ossos ficarão fracos e tenderão a quebrar...

Claudia Ferrari - claudia.ferrari27@gmail.com


Uma doença que afeta as organizações: INDISCIPLINITE

Você sabe o que é disciplina?
De forma contextual trata-se do QUERER FAZER cumprir as regras, padrões, regulamentos e normas que foram definidos ou adotados pela organização (de forma voluntária ou imposta por força legal ou contratual).
Quando são cumpridas trazem os resultados positivos e as conformidades sobre o produto, o processo e o sistema da organização.

Você sabe quem se importa com a disciplina?
Quando eu estou inconformada com a situação eu digo: NINGUÉM
Mas, não vamos generalizar, talvez os lugares por onde eu tenho andado nos últimos 25 anos não sejam exemplo de boa disciplina. Quase sempre eu tenho ficada inconformada com a quantidade de INDISCIPLINITE que tenho visto....

As pessoas de dentro da empresa percebem que a empresa sofre de INDISCIPLINITE?
Sim. Sim. Sim. Elas percebem, identificam, até apontam as evidências dessa doença, mas, dizem que nada podem fazer porque O PODER DE MUDAR ESTÁ NAS MÃOS DE OUTRAS PESSOAS!

Agora eu preciso de um psicólogo, ou talvez até de um psiquiatra, pois acredito que essa doença não seja física, mas, sim mental!

Vamos então ao consultório, vamos fazer uma análise crítica da situação:
Pessoa A: Quem não cumpriu o padrão
Pessoa B: O analista (psiquiatra da organização)

B: Por que você viu que estava errado e não fez nada?
A: Então, eu vi, mas, não sou eu quem decido. Eu mostrei para o chefe e ele disse que não tinha problema, que era para ir assim mesmo...
B: E o seu chefe abriu um desvio da especificação?
A: Como assim?
B: Ele documentou, registrou que estava liberando fora do especificado? Assinou algum documento?
A: (risos nervosos)..."magina" você acha que ele vai se comprometer com isso?
B: E se esses produtos que foram liberados de forma não-conforme resultarem num problema lá no seu cliente?
A: Daí o cliente reclama e a gente faz a ação corretiva!
B: Mas, dessa forma não vai sair mais caro? Vai ter retrabalho, imagem degradada, custos de não-qualidade que poderiam ser evitados?
A: Vai, vai sim, mas, como eu disse O PODER DE MUDAR ESTÁ NAS MÃOS DE OUTRAS PESSOAS!

Agora o personagem B vai falar com o chefe que liberou.

Pessoa B: O analista (psiquiatra da organização)
Pessoa C: A pessoa que tem o poder

B: Após apresentações...pergunta: Você autorizou liberar o produto fora do especificado?
C: Não, eu não. Eu sempre avalio a situação, o risco e não estava fora do especificado...era uma tolerância que não afeta o cliente, eu conheço onde usa e sei que não vai dar problema.
B: Mas o cliente reclamou, não foi?
C: Reclamou de outra coisa, essa peça tem muitos outros problemas de qualidade.
B: E o que está sendo feito para eliminar essas não-conformidades?
C: Temos vários projetos de melhoria em andamento...blá...blá...blá....(15 a 20 minutos)....blá...blá...

Projetos de melhoria onde há não-conformidades??? NUSSS!! Essa dói!!!
Só se melhora o que é bom e conforme!
O que está não-conforme deve ser alvo de ação corretiva!

Além disso, não estamos levando essa conversa para a CAUSA DA INDISCIPLINITE!!!!

A causa está na inexistência ou falta de uso dos 3Fs...


FORÇA
FOCO

Fé: CRENÇA de que precisa ser feito, precisa ser cumprido, precisa ser seguido. Se eu não tenho crença, eu não acredito, eu não me importo, então eu não faço.

Força: ENERGIA vital para realizar. Arregaçar as mangas. Correr para atingir. "Deixa comigo!". "Deixa que eu faço!", vamos resolver agora!!!! EU FAÇO!

Foco: Onde estou e para onde eu vou. Onde queremos chegar? Objetivos e metas! Estamos remando para onde? Está nítido para todos ou alguém precisa corrigir as lentes?

No contexto os 3Fs significam o seguinte:

“São me importa se não sou eu quem tenho o poder de mudar, eu vou sim promover a mudança, eu vou sim ter rigor, eu vou sim ter disciplina, eu vou sim aplicar os 3Fs eu vou sim mudar essa situação, eu vou sim trabalhar com conformidade, eu vou sim curar essa empresa, eu vou sim trabalhar com afinco, vontade, alegria, satisfação, EU TENHO DISCIPLINA PARA LEVAR ISSO A DIANTE!

Exercite os 3Fs, SÓ ELE VAI ELIMINAR A INDISCIPLINITE!

Claudia Ferrari - claudia.ferrari27@gmail.com


Por que existe a falha operacional?

Todo processo produtivo, especialmente o de montagem, onde a característica seriada é bem presente, os modos de falha são poucos, praticamente todos já conhecidos e bem repetitivos com uma ocorrência quase que padrão.


Partindo desses dados, pela minha experiência, gostaria de compartilhar uma visão que apresento nos meus treinamentos sobre os 8Ms do processo produtivo.

Se você pegar Máquina, Método, Meio-ambiente, Meio de controle e Material e deixá-los num nível de robustez adequado, onde suas variações sejam conhecidas e controladas, você estará protegendo a Mão-de-obra (mdo) de ser responsável pelas falhas do processo.

Então, uma vez que 5 Ms estão capazes, a mdo, mesmo que falhe, não há como a falha ir para frente, pois o M método detectará através de um sistema jidoka ou semelhante.

Voltando a responsabilidade da mdo.
Somente podemos afirmar que a falha foi da mdo em duas situações:

Competência ou Suficiência.

No caso da competência, temos o famoso CHA e podemos prover Conhecimento, Habilidade, porém, a Atitude vai para o 7º M de Motivation.
Já já falaremos do 7º e 8º M.

No caso da suficiência, entramos numa conta básica de: com quantas mãos, fazemos quantas peças em quanto tempo? Se os 5Ms estão OK, isso significa que balanceamos a produção para fazer, por exemplo: com 2 mdo, 100 peças/hora.
Então, tudo balanceado, essas 2 mdo darão conta do recado...
Mas, alguém faltou, está doente, ou qualquer outra situação, então, teremos 1 mdo apenas e a conta é simples: 1 mdo não fará 100 peças/hora! E a gente força a barra e então a mdo falha!
Algumas pessoas poderiam dizer que esse lance da mdo é M método, mas, não é, essa questão de não respeitar o Método de cálculo da mdo é um problema do 8º M. O Management.

Vamos então ao 7º e 8º Ms.

Motivation. Tô prá ver a causa da falta ou baixa motivação ser mensurável. Não há pesquisa de clima que detecte isso, não há entrevista ou dados que nos deem uma causa de desmotivação que possa ser tratada de forma sistêmica. Minha recomendação aqui é gestão de pessoas. Um bom gestor de gente, partindo do princípio que ele também está motivado, contaminará sua equipe e manterá o ritmo do tambor. Quantas pessoas assim você conhece?

Management. Olha aí, o gestor de novo. Coitado, ele não está sozinho nessa...tem toda uma estrutura de gerenciamento em cima dele; se empresa nacional, do dono prá baixo, se empresa multinacional...pobre desse gestor, terá que engolir diretrizes, mandos e desmandos sem poder questionar e muito menos modificá-las. Não que ele tenha muito poder quando ele tem acesso ao dono, mas, vamos convir que poder falar com quem efetivamente manda é uma boa chance que temos de fazer a situação melhorar.

Concluo resumindo com um log.

Se MDO suficiente = MDO não falha, porque quantidade planejada = recurso disponível
Se MDO competente = MDO não falha porque tem C(onhecimento) e H(habilidade)
Se Motivation = A(atitude) = gestor de gente efetivo e motivado
Se Management existe = gestor de gente com autoridade e responsabilidade efetiva
Se 5M = capabilidade OK então MDO pode falhar que não afeta produto.
Se 5M OK + 7M OK + 8M OK = MDO FELIZ E ALTAMENTE PRODUTIVA!
Quero trabalhar aí!!!!

Claudia Ferrari -claudia.ferrari27@gmail.com


Você já tomou um choque?

Só conhece a importância de uma Lição Aprendida quem já tomou um choque na vida...você esteve numa situação onde sentiu dor, desconforto, risco de vida e então, aprende com aquilo e além de nunca mais fazer aquilo de novo, vai avisar a todos que estiverem na mesma situação para não fazerem tal coisa também...é assim que a Lição Aprendida funciona...quer saber mais? Participe de nossas formações de ação corretiva!

Claudia Ferrari - claudia.ferrari27@gmail.com


A ação corretiva x a ação de melhoria

Sempre ouço pessoas dizerem frases como essa: "então, a causa raiz do problema ainda não foi identificada, mas por causa das investigações, já fizemos várias melhorias no processo!!!"
Eu acredito que não se melhora o que está não conforme!
Eu só posso fazer melhoria do que está conforme!
Toda vez que eu melhoro uma coisa quer dizer que ela já era boa.
Uma vez, quando eu trabalhava na empresa X, havia um diretor que ficava chocado com a equipe interna de melhoria contínua chamada de OTIMO! Ele ficava aterrorizado diante de tantos projetos de melhoria que não evitavam a recorrência dos problemas crônicos junto aos clientes e então ele dizia, extremamente irritado após mais uma apresentação de um ppt que ia de nenhum lugar para lugar nenhum e dizia uma frase que nunca mais esquecerei: "Vocês ficam aí querendo fazer o ÓTIMO, mas nem o BOM vocês conseguem fazer!".

Por detrás dessa frase eu entendi que só posso fazer melhor quando já tenho o bom!

Então, por favor, vamos colocar os bois na frente dos carros e conduzir as metodologias da forma correta.
Quando uma não-conformidade existe = ação corretiva
Quando uma conformidade existe = ação de melhoria

Você não é obrigado a acreditar nisso, mas, eu acredito!

Claudia Ferrari - claudia.ferrari27@gmail.com


O bolo de cenoura!

Vamos refletir sobre como é a avaliação de um profissional se ele é competente ou não para uma determinada função.

Tenho amigos e colegas que tem vivido situações do tipo: são contratados por recomendação (o famoso network) e, após um tempo que varia de 3 meses há 18 meses em média, são demitidos porque "não era bem aquilo que o contratante queria"....

Vamos lá, eu queria uma empregada que soubesse fazer doces.
Fui no network buscar candidatas.
Recebi boas recomendações de uma moça, aqui chamada de Maria.
Antes mesmo de eu contratá-la me disseram que ela sabe fazer um bolo de cenoura delicioso!

Eu contrato a Maria, porque a fama dela é muito boa e eu preciso muito de alguém que saiba fazer bolo de cenoura delicioso!

Me disseram que é cozinhar é sua especialidade, eu não vou ter que te explicar como, vou? E fazer doces? você sabe fazer, certo? Me disseram que você faz um bolo de cenoura delicioso, é verdade? Ótimo, então, vamos combinar que semanalmente, toda quinta, você fará um bolo para mim, ok? A meta está dada, o desafio foi lançado!

Na primeira quinta-feira, quando eu saí de manhã, eu disse, lembre-se que hoje tem que fazer o bolo de cenoura, ok?
Quando eu chego, o bolo não está feito.
Quero saber por que.
Maria disse que tentou me telefonar, mas, que eu não atendi e que não havia cenoura...
Eu disse a ela que ela deveria ter visto isso antes, porque é básico para uma pessoa com a competência dela saber se os ingredientes estão disponíveis.
Maria se desculpou e disse que isso não aconteceria de novo, me passou a lista de compras dos ingredientes.

Na semana seguinte, quando chego na quinta-feira não tinha bolo de novo.
O que aconteceu? Acabou o gás!
Que coisa, Maria tinha que ter visto que o gás estava acabando...isso é básico para alguém com a competência dela e que foi contratada para isso.

Na semana seguinte, quando chego na quinta-feira não tinha bolo de cenoura.
O que aconteceu? Maria disse: o fermento estava vencido!
Mas será possível, ela tinha que ter visto isso, afinal controlar as validades dos materiais é responsabilidade dela...

Após algumas semanas de ajuste e aprendizado, eu comi o bolo de cenoura.

Sabe o que eu pensei após comer o bolo: não era tão delicioso assim...

Então, eu acho que a fama da competência da Maria de fazer um bolo de cenoura "nunca antes comido", era propaganda enganosa.

Maria, sinto muito, mas, devido as circunstâncias do mercado, eu vou precisar encerrar o contrato.
Obrigada e boa sorte!

Vamos à reflexão:

Qual é o problema dessa profissional?
Ela era competente ou não?
O que será que aconteceu, que apesar dela ter um excelente histórico de competência noutro lugar, quando chegou aqui, não deu certo?
Qual é a credibilidade de quem indicou essa pessoa?
E como ficará a situação dessa profissional a partir de agora?
Será que eu irei falar bem dela se alguém me ligar pedindo referências?

Qual sua opinião?

Claudia Ferrari -claudia.ferrari27@gmail.com


Qual é a importância da "reprodução do defeito"?

Essa é uma pergunta que muitas pessoas fazem e aqui vai o meu parecer a respeito:
Quando você identifica causa(s) potencial(is) do problema, porém, não tem certeza sobre a sua relação direta com o efeito (relação causa-efeito), você precisa realizar alguns experimentos com as variáveis dos 6M (máquina, método, mão-de-obra, meio-ambiente, meio de medição, material) buscando os dados mais reais possíveis da possível combinação que resultou naquele efeito (o problema). Isso pode variar de 1 a dezenas de experimentos. Todos devem ser controlados e registrados. Mais de uma causa (combinações de experimentos) pode gerar o mesmo efeito, então, se você descobrir uma causa (validar através de reprodução do defeito) ou descobrir várias causas, sinta-se feliz: agora é só definir uma ação corretiva robusta para eliminá-la. Mesmo que futuramente esse problema se repita, NÃO PODERÁ SER PELA CAUSA QUE VOCÊ IDENTIFICOU (COM A REPRODUÇÃO DO DEFEITO) E ELIMINOU ATRAVÉS DA AÇÃO CORRETIVA.
Se tiver algo a acrescentar sobre a reprodução de defeito, colabore!
AH, ATENÇÃO!!!! NUNCA, NUNCA, REPRODUZA SITUAÇÕES QUE LEVARAM A ACIDENTES FÍSICOS HUMANOS!!!

Claudia Ferrari - claudia.ferrari27@gmail.com


A competência de quem avalia competências

Quando você está procurando um emprego uma das coisas que você mais deseja é estar preparado para as entrevistas que surgirem.

Daí, você estuda, lê e relê seu currículo mil vezes, cada palavrinha que você escreveu ali você formula um lindo discurso baseado em fatos e dados que comprovem a veracidade das informações; os cursos que você vez, você procura na sua memória evidências de boa aplicação e de bons resultados, ou seja, você domina o que vai falar para o entrevistado.

Daí, do outro lado, não 100% das vezes, mas, infelizmente na maioria delas, as empresas nacionais ou multinacionais colocam pessoas para lhe entrevistar sem a menor competência para isso.

Um exemplo:
A pessoa que está lhe entrevistando lhe pergunta se você sabe o que é uma banana.
Você, certamente, desde sua infância sabe o que é uma banana, já comeu várias e come sempre, prata, nanica, maçã, sabe dizer qual sua preferida, sabe receitas com banana, sabe tudo sobre banana.
A entrevistada, também sabe isso, então, ela tem discernimento para saber que você realmente é conhecedor do assunto, porque ela também conhece o assunto.

Outro exemplo:
A pessoa que está lhe entrevistando lhe pergunta se você sabe o que é uma banana de dinamite.
Aqui temos 3 alternativas de resposta:
1) Você é especialista em explosivos, sabe tudo sobre bananas de dinamite e dá um show de explicação.
2) Você imagina o que é e dá uma resposta "sanbarilovi" só prá não ficar mal na fita.
3) Você diz que não conhece a respeito, mas, que se a vaga requer conhecimento nisso você certamente aprenderá rapidamente tudo sobre banana de dinamite.

O entrevistador, se quiser perguntar sobre banana de dinamite, tem que ter o mínimo da competência necessária para lidar com as respostas 1, 2 ou 3 acima.

Se a resposta for a 1, no mínimo esse entrevistador tem que saber se é verdade o que foi explicado.
E se o entrevistado respondeu a 2, o entrevistador tem que saber que o cara é um "embromeishan".

Concluindo, o motivo desse post é para deixar o seguinte recado:

Empresários de qualquer segmento ou porte, POR FAVOR, não seja cruel com os candidatos colocando pessoas desqualificadas para fazer as entrevistas. Se essa pessoa foi até sua empresa para ser entrevistada ela acredita que valerá a pena trabalhar para e com você, então, colabore!

Coloque à frente do entrevistado uma pessoa que tenha competência para fazer um diagnóstico adequado em relação a perfil da vaga x candidato, para depois não gerar insatisfação das partes!

Claudia Ferrari - claudia.ferrari27@gmail.com


Reunião diária que resolve!

Dentre tudo o que eu já vi em relação a MASP, DMAIC, PDCA, 8D, 5W+2H, FTA, ISHIKAWA, ETC E TAL...ferramentas, metodologias, procedimentos, diretrizes, blá...blá...

...eu afirmo com toda a minha fé de que a única atitude que realmente leva à solução de problemas de forma eficiente e eficaz é a bendita (ou maldita para muitos) reunião diária.

O tal do olho no olho!
A comunicação através dos órgãos dos sentidos: ver, ouvir, falar, tocar, cheirar, entre outros sentidos mais perspicazes relacionados à neuro-linguística.
O teti-a-teti.

A nossa habilidade de comunicação é posta a prova nessas reuniões:
A eliminação ou redução de ruídos.
A capacidade de convergir para interesses comuns.
A humildade de deixar as vaidades e interesses obscuros de lado.
A capacidade de ser visto por causa de suas boas ações.

Toda vez que eu aplico treinamento em QRQC eu "gasto" muitas horas falando disso...e infelizmente eu concluo que há ainda pouca maturidade para fazer a sistemática fluir nesse sentido: A reunião diária que resolve!

Quer tentar?

Claudia Ferrari - claudia.ferrari27@gmail.com

logo virão outros...